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Governo adia solução jurídica sobre Oi-BrT
Intenção é esperar que empresas façam anúncio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo deixou para depois do Carnaval a decisão sobre a solução jurídica que será
adotada para viabilizar a compra da Brasil Telecom pela Oi
(antiga Telemar). Três hipóteses foram discutidas ontem em
reunião do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva com o grupo de ministros que analisa as
propostas da área técnica.
A Folha apurou que o governo deve definir uma solução
somente após as empresas
anunciarem que há um acordo
para concluir as negociações.
Uma das hipóteses discutidas ontem prevê a assinatura
de um decreto presidencial alterando o PGO (Plano Geral de
Outorga), a fim de autorizar
que uma empresa de telefonia
fixa adquira outra do mesmo
setor.
A segunda proposta prevê
apenas uma resolução da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). E uma terceira
consideraria o PGO caduco tecnicamente porque a privatização se realizou há dez anos e já
haveria nova realidade no mercado. Essa última hipótese é
considerada frágil juridicamente, o que reforça a possibilidade de adoção de uma das
outras duas.
A Folha apurou que Lula
adotará a solução quer der
maior segurança jurídica ao
negócio. Se for necessária a
edição de um decreto presidencial, ele não hesitará. Se a operação puder ser concluída sem
sua chancela direta, auxiliares
avaliam que seria politicamente melhor.
A Oi (ex-Telemar) financiou
atividade empresarial de um filho de Lula, Fábio Luiz. O presidente fica contrariado quando a imprensa correlaciona a
compra da Brasil Telecom pela
Oi com o aporte de recursos da
antiga Telemar para a companhia do filho. Reservadamente,
o presidente diz que quem tiver
alguma acusação a respeito das
atividades empresariais do filho deve apresentar denúncias
à polícia, à Justiça ou ao Congresso. Além disso, determinou
que todo o processo tem de ser
muito transparente, para evitar que a oposição levante suspeitas sobre ele.
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