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São Paulo, sábado, 01 de março de 2003

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PANORÂMICA

TELECOMUNICAÇÕES

Embratel admite negociar troca de índice no próximo reajuste de tarifas
A Embratel está disposta a negociar com o governo e abrir mão do uso do IGP-DI no próximo reajuste das tarifas de telefonia, previsto para junho. "Estamos dispostos a negociar. As empresas não podem ser míopes em relação à situação que o Brasil está atravessando", disse Purificacion Carpinteyro, vice-presidente de serviços locais da Embratel.
Ela admitiu que a correção pelo IGP-DI não reflete exatamente a alta dos custos das empresas. "A aplicação do IGP-DI não é algo que necessariamente vá nos ajudar, não necessariamente nossos custos têm se inflacionado por esse índice", afirmou. "Temos que contribuir com o governo para que não haja uma escalada inflacionária", disse, após audiência com o ministro Miro Teixeira (Comunicações).
De acordo com a executiva, o fim da adoção de índices de inflação para correção das tarifas também seria bem visto pela Embratel. "É a competição que vai fazer com que os melhores preços sejam fornecidos para a população", disse.
Na terça-feira, Miro já havia afirmado que pretende acabar com a indexação nos reajustes das tarifas de telefonia e negociar com as empresas para um reajuste abaixo do IGP-DI neste ano, que deverá ficar entre 30% e 34%, segundo projeções do ministério.
A idéia do ministro para permitir o fim da indexação é aumentar a competição na telefonia fixa. Para isso, quer acabar com a briga pelas tarifas de uso das redes das operadoras. Essa briga impede que uma operadora entre na área de atuação da outra e emperra a concorrência.
O fim da indexação poderia ocorrer a partir de 2006, quando começam a vigorar os novos contratos das teles. Em 2004 e em 2005, de acordo com Miro, haveria uma regra de transição. (DA SUCURSAL DE BRASÍLIA)


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