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O VÔO DA ÁGUIA
Avanço foi de 1,4% no 4º trimestre de 2002, o dobro do previsto, mas incerteza sobre recuperação persiste
PIB revisto dos EUA cresce além do estimado
DA REDAÇÃO
A economia norte-americana
cresceu de maneira mais acelerada do que o estimado inicialmente no último trimestre do ano passado. Apesar da boa notícia, a
própria Casa Branca reconheceu
que ainda há incertezas a respeito
da velocidade da recuperação do
país, enquanto a possível guerra
contra o Iraque segue reduzindo a
confiança dos consumidores.
De acordo com números revisados, divulgados ontem pelo Departamento de Comércio dos
EUA, a taxa anualizada de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) ficou em 1,4% entre outubro e
dezembro. A primeira estimativa
indicara uma taxa de 0,7%. Os dados passarão ainda por uma nova
revisão, que será divulgada daqui
a um mês.
Segundo o Departamento de
Comércio, a economia cresceu
mais do que o estimado no período porque o consumo das famílias e os investimentos em estoque
ficaram acima do que se imaginava. Ainda que o índice de crescimento do PIB não tenha sido tão
fraco como antes se pensava, ele
mostra uma brusca desaceleração
ante a expansão de 4% registrada
no terceiro trimestre do ano passado.
Ao longo de 2002, a economia
norte-americana exibiu uma evolução bastante irregular. Oscilou
de uma vigorosa expansão de 5%
no primeiro trimestre para uma
taxa de 1,3% nos três meses seguintes; acelerou para 4% entre
julho e setembro, para então registrar um avanço de 1,4% nos últimos três meses.
"Sinais mistos"
O porta-voz da Casa Branca, Ari
Fleischer, afirmou que o relatório
do Departamento de Comércio
trouxe "sinais mistos" e que o
presidente George W. Bush continua a defender seu projeto de redução de impostos como uma
medida necessária ante o cenário
de incertezas.
"O presidente gostaria que a recuperação econômica fosse mais
rápida, para que mais empregos
fossem criados para os americanos", disse Fleischer. "Ainda há
sinais mistos sobre a economia."
Um importante indicador, também divulgado ontem, confirma a
persistência das incertezas. O índice de confiança do consumidor
da Universidade de Michigan
caiu, no mês passado, ao menor
nível em nove anos (79,9 pontos).
Com esse sentimento em baixa,
os americanos tendem a gastar
menos. O consumo representa
dois terços de toda a atividade
econômica do país.
Com agências internacionais
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