UOL


São Paulo, sábado, 01 de março de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O VÔO DA ÁGUIA

Avanço foi de 1,4% no 4º trimestre de 2002, o dobro do previsto, mas incerteza sobre recuperação persiste

PIB revisto dos EUA cresce além do estimado

DA REDAÇÃO

A economia norte-americana cresceu de maneira mais acelerada do que o estimado inicialmente no último trimestre do ano passado. Apesar da boa notícia, a própria Casa Branca reconheceu que ainda há incertezas a respeito da velocidade da recuperação do país, enquanto a possível guerra contra o Iraque segue reduzindo a confiança dos consumidores.
De acordo com números revisados, divulgados ontem pelo Departamento de Comércio dos EUA, a taxa anualizada de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) ficou em 1,4% entre outubro e dezembro. A primeira estimativa indicara uma taxa de 0,7%. Os dados passarão ainda por uma nova revisão, que será divulgada daqui a um mês.
Segundo o Departamento de Comércio, a economia cresceu mais do que o estimado no período porque o consumo das famílias e os investimentos em estoque ficaram acima do que se imaginava. Ainda que o índice de crescimento do PIB não tenha sido tão fraco como antes se pensava, ele mostra uma brusca desaceleração ante a expansão de 4% registrada no terceiro trimestre do ano passado.
Ao longo de 2002, a economia norte-americana exibiu uma evolução bastante irregular. Oscilou de uma vigorosa expansão de 5% no primeiro trimestre para uma taxa de 1,3% nos três meses seguintes; acelerou para 4% entre julho e setembro, para então registrar um avanço de 1,4% nos últimos três meses.

"Sinais mistos"
O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, afirmou que o relatório do Departamento de Comércio trouxe "sinais mistos" e que o presidente George W. Bush continua a defender seu projeto de redução de impostos como uma medida necessária ante o cenário de incertezas.
"O presidente gostaria que a recuperação econômica fosse mais rápida, para que mais empregos fossem criados para os americanos", disse Fleischer. "Ainda há sinais mistos sobre a economia."
Um importante indicador, também divulgado ontem, confirma a persistência das incertezas. O índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan caiu, no mês passado, ao menor nível em nove anos (79,9 pontos). Com esse sentimento em baixa, os americanos tendem a gastar menos. O consumo representa dois terços de toda a atividade econômica do país.


Com agências internacionais


Texto Anterior: O vaivém das commodities
Próximo Texto: Balanço: Prejuízo mundial da Fiat chega a 4,3 bi euros
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.