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São Paulo, sábado, 01 de março de 2003

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BALANÇO

Perda era estimadada em 2 bi euros

Prejuízo mundial da Fiat chega a 4,3 bi euros

DA REDAÇÃO

O grupo italiano Fiat anunciou ontem um prejuízo recorde de 4,3 bilhões (US$ 4,6 bilhões) em 2002. No ano anterior, o prejuízo foi quase 90% menor.
Analistas consideraram o resultado muito pior do que o esperado. A previsão era que ficasse em torno de 2 bilhões.
A principal razão para o mau desempenho, segundo a companhia, foram os gastos relacionados à reestruturação da unidade automotiva do grupo. A companhia gastou cerca de US$ 850 milhões em 2002 com a Fiat Auto, especialmente com encargos trabalhistas, causados por demissões de funcionários. Agora, a empresa deve investir para tornar a Fiat Auto financeiramente viável.
As vendas consolidadas do grupo caíram 4%, para US$ 60 bilhões, enquanto as vendas da Fiat Auto tiveram retração de 9,4%.
Ontem, as ações do grupo fecharam o dia com queda de 3,64% na Bolsa de Milão.
Após reunião do conselho ontem, a Fiat divulgou nota na qual afirma que "os resultados são inquestionavelmente negativos", mas descreve 2002 como "um ano de mudanças profundas para a companhia, cujo impacto benéfico se tornará cada vez mais aparente ao longo do tempo".
A reunião também confirmou o novo presidente do conselho, Umberto Agnelli, que substitui Paolo Fresco. A família Agnelli é fundadora da Fiat e detém 30,4% das ações do grupo. Giuseppe Morchio, ex-executivo da fábrica italiana de pneus Pirelli, foi nomeado presidente da empresa.
O grupo também está examinando uma oferta da Omniainvest, empresa controlada pelo empresário Roberto Colaninno, para investir na Fiat Auto.
Para melhorar seu desempenho financeiro, a Fiat estuda vender ativos, aumentar o capital da empresa e renegociar sua relação com a General Motors, que detém 20% das ações da Fiat Auto.
A americana GM, no entanto, disse ontem, por meio de seu porta-voz, que ainda não decidiu se vai participar do processo de capitalização da Fiat Auto.


Com agências internacionais


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