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São Paulo, sábado, 01 de março de 2003

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PETRÓLEO

Medida, temporária, vai ser implantada em caso de ataque ao Iraque

Opep deve sustar cota de produção

DA REDAÇÃO

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) deverá suspender temporariamente seu regime de cotas de produção assim que uma eventual ação militar contra o Iraque seja iniciada. Mas é pouco provável que a oferta seja ampliada antes da explosão das primeiras bombas apenas para resfriar a escalada dos preços.
Os membros da Opep se reunirão no dia 11 deste mês, quando um plano de emergência deverá ser discutido. O objetivo seria evitar uma desestabilização do fornecimento durante um eventual período de guerra na região do golfo Pérsico.
Para a Opep, os atuais limites de produção são adequados aos níveis de consumo, e as cotações somente estão batendo recordes de alta devido a fatores psicológicos, relativos à ameaça de guerra.
"Estamos preparados para aumentar a produção caso não haja o petróleo do Iraque", disse o ministro de Energia da Indonésia, Purnomo Yusgiantoro.
O secretário-geral da Opep, o venezuelano Álvaro Silva, disse que só a expectativa de guerra explica a alta. No segundo trimestre, com a chegada do verão no hemisfério Norte, deverá haver um excesso de oferta.
Depois de atingirem os maiores preços dos últimos 12 anos nesta semana (US$ 39,99), as cotações do petróleo voltaram a ceder ontem, pelo segundo dia consecutivo. Em Nova York, o barril encerrou o dia cotado a US$ 36,60.
O óleo de aquecimento e calefação, por outro lado, alcançou mais uma vez um recorde histórico de alta, devido à previsão de baixas temperaturas nas próximas duas semanas.
Nunca o produto foi tão caro, em termos nominais, no mercado norte-americano. O preço do galão subiu, somente ontem, 8,8%, para US$ 1,2559.


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