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Resultado é "vergonhoso", apontam indústria e comércio
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Representantes da indústria,
do comércio e dos trabalhadores consideraram "medíocre",
"vergonhoso" e "frustrante" o
baixo crescimento do país.
A Força Sindical pediu ontem a demissão do presidente
do Banco Central, Henrique
Meirelles. A CUT também defendeu mudanças na política
econômica. Já os empresários
querem agilidade no PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) para que o país cresça
acima de 5% neste ano.
"[O resultado] decepciona
quem trabalha e produz no
país", diz Paulo Skaf, presidente da Fiesp (federação das indústrias). Para o presidente da
CNI (Confederação Nacional
da Indústria), Armando Monteiro Neto, o resultado era esperado, "tendo em vista o baixo
ritmo de crescimento nos três
primeiros trimestres do ano".
O Ciesp (centro das indústrias)
ressaltou que, pelo segundo
ano, o crescimento brasileiro
deve superar só o do Haiti na
América Latina -o que coloca
o Brasil "em amarga posição no
ranking do crescimento latino-americano e mundial", disse
Boris Tabacof, diretor do departamento de economia.
A construção civil paulista
considerou o resultado "sofrível". Na opinião de Abram Szajman, presidente da Fecomercio SP, o crescimento do PIB é
"muito pequeno" para o potencial econômico do país.
Para o presidente do PSDB,
Tasso Jereissati, o resultado é
"lamentável" e "dentro da faixa
de mediocridade". O senador
Aloizio Mercadante (PT-SP)
disse que as taxas de juros e de
câmbio comprometem o potencial de crescimento do país.
O governador de São Paulo,
José Serra (PSDB), também
criticou o Banco Central. "Não
acho que o problema do BC seja
conservadorismo. É ignorância
econômica. É até uma injustiça
com os conservadores", disse,
ao responder em Brasília se a
turbulência chinesa iria acentuar o conservadorismo do BC.
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