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Renda fixa lidera ranking de aplicações em fevereiro
Fundos rendem 0,98% no mês; Bolsa recua 1,68%
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores mostrou,
nos últimos dias de fevereiro, o
quanto é volátil. Na segunda-feira, a Bovespa acumulava valorização mensal de 3,51%.
Após o solavanco de terça, a
Bolsa encerrou fevereiro com
perdas acumuladas de 1,68%.
O dólar caiu 0,14% no mês,
para R$ 2,121.
Assim, os investidores que
mantiveram suas economias
em aplicações de renda fixa terminaram o mês de fevereiro
mais tranqüilos. E isso mesmo
com a taxa básica -a Selic, que
serve de parâmetro para os juros praticados no mercado-
em rota queda.
Os fundos de renda fixa deram na média rentabilidade
0,98% no mês passado. Os fundos DI renderam algo em torno
de 0,89%. Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) chegaram a pagar juros de 0,97%
no mês a seus investidores.
Com a queda abrupta do
mercado acionário, até a poupança ofereceu um desempenho mais satisfatório, de 0,57%,
no mês que terminou.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos
de ouro terminaram o mês registrando alta. Isso costuma
ocorrer em momentos de
maior volatilidade.
Os contratos de ouro encerraram fevereiro com apreciação de 1,3%.
O investidor que tem aplicações no mercado acionário deve se lembrar de que o desempenho negativo da Bovespa no
mês não tem que necessariamente ter engolido o resultado
de seus investimentos.
A queda de 1,68% do índice
Ibovespa representa a oscilação média das ações mais negociadas na Bolsa. Ou seja, algumas ações caíram mais que essa
média, enquanto outras acabaram por subir.
No último dia 22, havia R$
86,49 bilhões aplicados em fundos de ações -cerca de 9% do
mercado total de fundos-, segundo levantamento da Anbid
(Associação Nacional dos Bancos de Investimento).
Cautela
O conselho dos analistas no
momento é não correr para resgatar os recursos aplicados em
ações devido às perdas de terça.
Ontem, o mercado acionário já
apresentou melhora (leia à pág.
B7), e a queda pesada de terça
pode acabar por não se repetir.
Mas ninguém sabe prever com
exatidão o futuro do mercado
de ações no curto prazo.
"O movimento de terça-feira
não foi desencadeado por uma
mudança nos fundamentos da
economia mundial", afirma a
economista Elisa Pessoa, da
Opus Investimentos.
As quedas pesadas que afetaram as Bolsas não foram conseqüencia de alterações no cenário econômico global. Por isso,
os pregões de ontem demonstraram menos espaço para que
as vendas de papéis seguissem
de forma preocupante.
(FABRICIO VIEIRA)
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