São Paulo, quinta-feira, 01 de março de 2007

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Renda fixa lidera ranking de aplicações em fevereiro

Fundos rendem 0,98% no mês; Bolsa recua 1,68%

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores mostrou, nos últimos dias de fevereiro, o quanto é volátil. Na segunda-feira, a Bovespa acumulava valorização mensal de 3,51%. Após o solavanco de terça, a Bolsa encerrou fevereiro com perdas acumuladas de 1,68%.
O dólar caiu 0,14% no mês, para R$ 2,121.
Assim, os investidores que mantiveram suas economias em aplicações de renda fixa terminaram o mês de fevereiro mais tranqüilos. E isso mesmo com a taxa básica -a Selic, que serve de parâmetro para os juros praticados no mercado- em rota queda.
Os fundos de renda fixa deram na média rentabilidade 0,98% no mês passado. Os fundos DI renderam algo em torno de 0,89%. Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) chegaram a pagar juros de 0,97% no mês a seus investidores.
Com a queda abrupta do mercado acionário, até a poupança ofereceu um desempenho mais satisfatório, de 0,57%, no mês que terminou.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos de ouro terminaram o mês registrando alta. Isso costuma ocorrer em momentos de maior volatilidade.
Os contratos de ouro encerraram fevereiro com apreciação de 1,3%.
O investidor que tem aplicações no mercado acionário deve se lembrar de que o desempenho negativo da Bovespa no mês não tem que necessariamente ter engolido o resultado de seus investimentos.
A queda de 1,68% do índice Ibovespa representa a oscilação média das ações mais negociadas na Bolsa. Ou seja, algumas ações caíram mais que essa média, enquanto outras acabaram por subir.
No último dia 22, havia R$ 86,49 bilhões aplicados em fundos de ações -cerca de 9% do mercado total de fundos-, segundo levantamento da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).

Cautela
O conselho dos analistas no momento é não correr para resgatar os recursos aplicados em ações devido às perdas de terça. Ontem, o mercado acionário já apresentou melhora (leia à pág. B7), e a queda pesada de terça pode acabar por não se repetir. Mas ninguém sabe prever com exatidão o futuro do mercado de ações no curto prazo.
"O movimento de terça-feira não foi desencadeado por uma mudança nos fundamentos da economia mundial", afirma a economista Elisa Pessoa, da Opus Investimentos.
As quedas pesadas que afetaram as Bolsas não foram conseqüencia de alterações no cenário econômico global. Por isso, os pregões de ontem demonstraram menos espaço para que as vendas de papéis seguissem de forma preocupante.
(FABRICIO VIEIRA)


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