São Paulo, domingo, 01 de abril de 2001

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PAINEL S/A

Contradição
Roberto Brant (Previdência) acha que os fundos de pensão precisavam de um choque. A seu ver, eles estavam muito soltos, sem controle. Para ele, havia uma contradição. Os fundos eram mais importantes do que o órgão regulador, a Secretaria de Previdência Complementar (SPC).

Força
Brant diz que era necessário uma SPC forte para regular o setor. Ele garante que apóia a xerife da SPC, Solange Vieira, mas diz que, a partir de agora, ele quer ficar mais à frente das decisões. "Trata-se de uma mudança de estilo", afirmou.

Silêncio
Depois de Brant ter assumido a Previdência, Solange Vieira sumiu do noticiário. Brant jura que não pediu para ela ficar quieta. De novo, trata-se de uma mudança de estilo. Há quem diga que Brant achava que a musa de Brasília estava falando um pouco demais.

Encontros
Na semana passada, o ministro da Previdência teve vários encontros para tratar do tema fundos de pensão. Ele se reuniu com congressistas, dirigentes de fundos (Previ e Petros) e diretores do Opportunity.

Duplicação...
A Ecovias assinará amanhã empréstimo de R$ 514 milhões com o BNDES e o BID para a duplicação da rodovia dos Imigrantes. Será no km 57 da própria estrada, com as presenças de André Franco Montoro Filho, o governador Geraldo Alckmin e o ministro Alcides Tápias.

...da Imigrantes
Montoro Filho, secretário de Economia e Planejamento de São Paulo, ressalta que a obra é financiada sem desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal. "Ao contrário do PT, que quer mudar a lei, nós a respeitamos".

Novos fundos
Com a aprovação do projeto que permite aos sindicatos criar fundos de pensão para seus filiados, a SDS, presidida por Enilson Simões de Moura, o Alemão, já se mobiliza.

E-mail - guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE
O Brasil e a Alca

Se o Brasil pretende manter uma estrutura industrial diversificada, é essencial que consiga uma negociação mais cautelosa de redução tributária no âmbito da Alca. O alerta consta na "Sinopse", do BNDES.
De acordo com o documento, se houver uma redução tarifária muito rápida, há o risco de uma eliminação dos produtores nacionais dos setores mais sofisticados, como bens de capital, informática e produtos eletroeletrônicos, dada a competitividade muito superior dos bens produzidos nos EUA.
Esta questão, de acordo com a "Sinopse", torna-se ainda mais importante quando se tem em conta a necessidade de aumentar a sofisticação da nossa pauta de exportações, uma grave restrição externa do país.



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