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PECUÁRIA
Brasil terá campanha para vender carne fora
CELSO BEJARANO JR.
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, anunciou na semana passada, em Campo Grande (MS), que o governo brasileiro
está elaborando uma campanha
de marketing para vender a carne
bovina no exterior.
"Daqui a quatro anos seremos o
maior exportador de carne do
mundo", disse o ministro, que
participou da abertura da 63ª Expogrande.
Atualmente o país ocupa a terceira posição no ranking dos exportadores, ficando atrás apenas
da Austrália e dos Estados Unidos. O Brasil possui 15% do rebanho bovino mundial.
Pratini de Moraes não soube dizer o custo nem a linha de ação da
publicidade, afirmou apenas que
o público alvo será o europeu.
"Queremos atingir os formadores de opinião. Vamos trazer até
aqui (Brasil) desde o megainvestidor até um chefe de cozinha, editores de revistas e jornais, cuja linha editorial seja o setor agropecuário. Vamos mostrar que temos
os melhores animais do mundo",
disse o ministro. "O Brasil nunca
conseguiu vender, sempre foi
comprador. Temos de mudar esse conceito. Por isso é que vamos
investir no marketing."
A campanha, segundo o ministro, será dirigida e custeada pelo
governo federal, pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias
Exportadores de Carne) e pelos
produtores.
O diretor-executivo da Abiec,
Ênio Marques, disse que não sabe
a data de início da campanha.
Mas afirmou que o governo brasileiro já fez contatos com publicitários estrangeiros, principalmente na Europa, em países em
que o Brasil já exporta a carne.
Livre de vaca louca
Na sexta-feira, a Comissão Sanitária da União Européia concedeu
uma classificação ao rebanho brasileiro. De acordo com o comunicado, o rebanho de gado do Brasil
tem "risco praticamente inexistente" de ser contaminado pela
doença da vaca louca.
Pratini divulgou a notícia. Ele
disse que considera que a nova
classificação pode alavancar as
exportações de carne do país. "A
carne brasileira vai se valorizar no
mercado mundial e será aceita em
praticamente todos os países."
De acordo com o ministro, a comissão européia atribuiu ao rebanho do Brasil risco um. "Essa é a
melhor avaliação possível e representa quase risco zero."
Após essa classificação, o ministro disse que deverá ser possível
superar a previsão de exportar
US$ 1 bilhão em carne este ano.
Mas ele não quis falar em números. "A medida atesta a qualidade
e a sanidade da nossa carne."
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