São Paulo, domingo, 01 de abril de 2001

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PECUÁRIA
Brasil terá campanha para vender carne fora

CELSO BEJARANO JR.
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, anunciou na semana passada, em Campo Grande (MS), que o governo brasileiro está elaborando uma campanha de marketing para vender a carne bovina no exterior.
"Daqui a quatro anos seremos o maior exportador de carne do mundo", disse o ministro, que participou da abertura da 63ª Expogrande.
Atualmente o país ocupa a terceira posição no ranking dos exportadores, ficando atrás apenas da Austrália e dos Estados Unidos. O Brasil possui 15% do rebanho bovino mundial.
Pratini de Moraes não soube dizer o custo nem a linha de ação da publicidade, afirmou apenas que o público alvo será o europeu.
"Queremos atingir os formadores de opinião. Vamos trazer até aqui (Brasil) desde o megainvestidor até um chefe de cozinha, editores de revistas e jornais, cuja linha editorial seja o setor agropecuário. Vamos mostrar que temos os melhores animais do mundo", disse o ministro. "O Brasil nunca conseguiu vender, sempre foi comprador. Temos de mudar esse conceito. Por isso é que vamos investir no marketing."
A campanha, segundo o ministro, será dirigida e custeada pelo governo federal, pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carne) e pelos produtores.
O diretor-executivo da Abiec, Ênio Marques, disse que não sabe a data de início da campanha. Mas afirmou que o governo brasileiro já fez contatos com publicitários estrangeiros, principalmente na Europa, em países em que o Brasil já exporta a carne.

Livre de vaca louca
Na sexta-feira, a Comissão Sanitária da União Européia concedeu uma classificação ao rebanho brasileiro. De acordo com o comunicado, o rebanho de gado do Brasil tem "risco praticamente inexistente" de ser contaminado pela doença da vaca louca.
Pratini divulgou a notícia. Ele disse que considera que a nova classificação pode alavancar as exportações de carne do país. "A carne brasileira vai se valorizar no mercado mundial e será aceita em praticamente todos os países."
De acordo com o ministro, a comissão européia atribuiu ao rebanho do Brasil risco um. "Essa é a melhor avaliação possível e representa quase risco zero."
Após essa classificação, o ministro disse que deverá ser possível superar a previsão de exportar US$ 1 bilhão em carne este ano. Mas ele não quis falar em números. "A medida atesta a qualidade e a sanidade da nossa carne."



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