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OUTRO LADO
Três negam débito; outras "desaparecem"
DA AGÊNCIA FOLHA
O diretor financeiro da Cesp
(Companhia Energética de São
Paulo), Júlio Lapa, disse que a empresa não deve R$ 943 milhões
para a União. Segundo ele, existe
uma dívida de R$ 270 milhões
com o INSS (Instituto Nacional
do Seguro Social) que já foi parcelada pelo Refis (Programa de Recuperação Fiscal).
Lapa explicou que a empresa tinha uma outra dívida mais antiga
porque contestava o pagamento
de contribuições sociais na Justiça. "Nós acertamos isso em 99."
O diretor informou, porém, que
a dívida ainda pode estar sendo
considerada em atraso por falta
de um procedimento de "baixa".
Ou seja, a empresa ainda não teria
formalizado a sua situação regular perante os órgãos públicos.
O liquidante do banco Econômico, Flávio Cunha, não respondeu aos telefonemas da Folha na
semana passada.
Carlos Albuquerque, um dos
proprietários da indústria de confecções Maria Graciete Cordeiro
Cia. Ltda., de Recife, nega que a
empresa tenha uma dívida de R$
1,493 bilhão com a União.
""Esse número só pode ser um
equívoco do processo. Nossa dívida é bem menor, mas não posso
precisar a quantia", afirmou.
Já a GKW Fredenhagen Equipamentos Industriais S.A., de São
Bernardo do Campo, também
sustenta que os valores observados na lista da dívida -que indicam débitos de R$ 844 milhões-
estão incorretos.
""É absurdo, inverídico. Não tenho os números exatos na cabeça,
mas nossa dívida era de uns R$ 3
milhões", disse Guilherme Murbach, da GKW. ""Mas a empresa
participou do Refis (Programa de
Recuperação Fiscal). Nem somos
mais devedores."
Segundo Murbach, o faturamento anual da empresa é de R$
10 milhões. ""Nem teríamos como
gerar uma dívida de impostos
desse tamanho."
No caso da Engesa Engenheiros
Especializados S.A., não foi possível localizar algum gerente da
massa falida da empresa, que fechou seu registro no Conselho
Regional de Engenharia e Arquitetura de São Paulo em 1992.
Já a Proconsult Ltda., citada na
lista, não tem registro conhecido.
Os telefones da Scarpa Plásticos
Ltda., empresa que estaria fechada, estão cortados.
A Folha deixou recado no telefone de um parente do proprietário da empresa, mas não obteve
resposta. Seu advogado também
não foi localizado.
Outro devedor, o Supermercado Márcia, não tem registro conhecido na Abras (Associação
Brasileira de Supermercados) e na
Amis (Associação Mineira de Supermercados).
No caso da empresa CGK Engenharia e Empreendimentos Ltda.,
nenhum contato foi conseguido
por telefone. Já os telefones da Indústria e Comércio de Molas
Ltda., em Recife, estão programados para não receber chamadas.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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