São Paulo, quinta-feira, 01 de abril de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Depois de disparar 97,3% em 2003, Bovespa perdeu fôlego; dólar encerrou março a R$ 2,896

Bolsa de SP recua 0,42% no 1º trimestre

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo chegou ao fim do primeiro trimestre do ano com pequeno recuo de 0,42% acumulado.
Depois de chegar a subir quase 10% nas primeiras semanas de 2004, dando seqüência ao excepcional desempenho de 2003, a Bolsa paulista perdeu fôlego e não conseguiu embalar mais. Em 2003, a Bovespa acumulou valorização de 97,3%.
Em março, os negócios caíram um pouco. A movimentação diária no mês, até o dia 30, foi de R$ 1,08 bilhão. No primeiro bimestre, a média diária ficou acima de R$ 1,3 bilhão.
Outro dado desanimador no mês para o mercado acionário paulista foi a movimentação dos investidores estrangeiros. Até o dia 26, o saldo dos negócios feitos com capital externo estava negativo em R$ 62,8 milhões no mês. Isso significa que os estrangeiros mais venderam que compraram ações.
Mas, no trimestre, esse saldo é bastante positivo: as compras de ações com dinheiro de estrangeiros superam as vendas em R$ 1,8 bilhão no período.
Analistas têm apontado o investidor estrangeiro como importante fomentador da Bovespa desde o ano passado. A participação desse segmento de investidores nos negócios totais da Bolsa neste ano é de 27,6%.
Ontem a Bolsa subiu 0,45%, para fechar aos 22.142 pontos. Para superar sua pontuação recorde do ano (24.349 pontos), o Ibovespa tem de subir quase 10%.
Ontem operadores comentavam sobre uma possível emissão de cerca de US$ 300 milhões a ser feita pela Braskem por meio da colocação de ações, no mercado local e no exterior. Os rumores ajudaram a fazer o papel PNA da Braskem subir 2,04%.
O dólar encerrou março a R$ 2,896, com baixa de 0,45% ontem. A moeda começou a cair com mais força nos últimos dias, movida pela expectativa de entrada futura de dólares no país resultantes de captações privadas que estariam para ser fechadas no mercado internacional.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos DI (que acompanham os juros praticados entre os bancos) recuaram um pouco ontem. A taxa do DI com prazo em maio fechou a 15,84%, projetando a expectativa de que a Selic caíra entre 0,25 e 0,50 ponto percentual neste mês.
(FABRICIO VIEIRA)


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