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MERCADO FINANCEIRO
Depois de disparar 97,3% em 2003, Bovespa perdeu fôlego; dólar encerrou março a R$ 2,896
Bolsa de SP recua 0,42% no 1º trimestre
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
chegou ao fim do primeiro trimestre do ano com pequeno recuo de 0,42% acumulado.
Depois de chegar a subir quase
10% nas primeiras semanas de
2004, dando seqüência ao excepcional desempenho de 2003, a
Bolsa paulista perdeu fôlego e não
conseguiu embalar mais. Em
2003, a Bovespa acumulou valorização de 97,3%.
Em março, os negócios caíram
um pouco. A movimentação diária no mês, até o dia 30, foi de R$
1,08 bilhão. No primeiro bimestre, a média diária ficou acima de
R$ 1,3 bilhão.
Outro dado desanimador no
mês para o mercado acionário
paulista foi a movimentação dos
investidores estrangeiros. Até o
dia 26, o saldo dos negócios feitos
com capital externo estava negativo em R$ 62,8 milhões no mês. Isso significa que os estrangeiros
mais venderam que compraram
ações.
Mas, no trimestre, esse saldo é
bastante positivo: as compras de
ações com dinheiro de estrangeiros superam as vendas em R$ 1,8
bilhão no período.
Analistas têm apontado o investidor estrangeiro como importante fomentador da Bovespa desde
o ano passado. A participação
desse segmento de investidores
nos negócios totais da Bolsa neste
ano é de 27,6%.
Ontem a Bolsa subiu 0,45%, para fechar aos 22.142 pontos. Para
superar sua pontuação recorde
do ano (24.349 pontos), o Ibovespa tem de subir quase 10%.
Ontem operadores comentavam sobre uma possível emissão
de cerca de US$ 300 milhões a ser
feita pela Braskem por meio da
colocação de ações, no mercado
local e no exterior. Os rumores
ajudaram a fazer o papel PNA da
Braskem subir 2,04%.
O dólar encerrou março a R$
2,896, com baixa de 0,45% ontem.
A moeda começou a cair com
mais força nos últimos dias, movida pela expectativa de entrada
futura de dólares no país resultantes de captações privadas que estariam para ser fechadas no mercado internacional.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos DI
(que acompanham os juros praticados entre os bancos) recuaram
um pouco ontem. A taxa do DI
com prazo em maio fechou a
15,84%, projetando a expectativa
de que a Selic caíra entre 0,25 e
0,50 ponto percentual neste mês.
(FABRICIO VIEIRA)
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