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Furlan manda recado a opositores de incentivo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao anunciar a política industrial, o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan,
mandou um recado para os integrantes do próprio governo que
são contra incentivos oficiais para
estimular a indústria.
"A equipe do ministro Palocci,
quando fala em redução de IPI,
olha assim: "Quanto de arrecadação nós vamos abrir mão". Está
certo, é a posição do Ministério da
Fazenda." Furlan disse que, quando se pensa em reduzir impostos,
é preciso calcular qual será o impacto da medida na geração de
empregos e de renda e na própria
arrecadação futura do tributo.
Logo em seguida, ele enfatizou
que o seu colega Palocci fazia parte do grupo que enxergava eventuais reduções de impostos como
algo que poderia ser benéfico.
Além de Furlan e Palocci, a divulgação das medidas de política
industrial, feita na sede da CNI
(Confederação Nacional da Indústria), contou com a presença
do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e outros três ministros.
As medidas de política industrial estavam em discussão desde
o começo do ano passado e, inicialmente, seriam anunciadas em
agosto de 2003.
Durante a entrevista, o ministro
da Fazenda, Antonio Palocci Filho, afirmou que o governo estuda reduzir a carga tributária para
a venda de softwares no país.
Anteontem, a idéia de reduzir a
Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) para softwares chegou a ser
analisada. Segundo Palocci, "o
governo vai analisar as melhores
práticas no mundo de tributação
e financiamento para softwares
para adotar medidas similares no
país".
O governo também anunciou
que vai enviar para o Congresso a
Lei de Inovação, que facilitará a
relação entre empresas privadas e
centros de pesquisa universitários. Também será criado um sistema de incentivo à inovação. Os
detalhes de como esse sistema de
subsídios funcionará ainda não
foram discutidos.
O Ministério do Desenvolvimento também criará novas regras para a abertura e o fechamento de empresas até o segundo
semestre deste ano. A avaliação é
que é muito difícil abrir um negócio no Brasil devido às exigências
legais.
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