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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Toyota vê menor impacto em nova queda de IPI
Desta vez, a redução do IPI
(Imposto sobre Produtos Industrializados) para os veículos
não terá um impacto tão positivo para a Toyota como ocorreu
da primeira vez em que o governo tomou a medida, em dezembro do ano passado.
Luiz Carlos Andrade Junior,
vice-presidente da Toyota
Mercosul, acredita que a extensão do benefício ao mercado
automobilístico para os próximos três meses não deve se reverter em maior crescimento
para as vendas da montadora.
No primeiro trimestre deste
ano, a Toyota registrou alta de
50% na comparação com o
mesmo período do ano passado, sendo que uma parcela de
20% a 30% das vendas deste
trimestre pode ter sido compra
antecipada, ou seja, estimulada
pela redução do IPI ao produto,
de acordo com Andrade Junior.
A empresa deve fechar o primeiro trimestre com 17.500
unidades comercializadas no
país.
Mas, a partir de agora, a medida deve apresentar impactos
mais tímidos. "O mercado consumidor está menos ansioso
neste momento. Nós esperamos uma normalidade maior",
afirma. Andrade Junior estima
que a antecipação da compra
impulsionada pela medida caia
para cerca de 10% no segundo
trimestre.
As vendas da montadora no
Brasil nos meses de abril, maio
e junho não devem subir, segundo o vice-presidente. "Para
o segundo trimestre, não esperamos aumento. Nem redução,
o que já é boa notícia."
No resto do mundo, o mercado não está tão favorável para a
Toyota como no Brasil. A maior
montadora do mundo registrou queda de 31% no quarto
trimestre de 2008 nas vendas
nos Estados Unidos ante o
mesmo período do ano anterior. Em janeiro, o recuo foi de
34,4% e piorou em fevereiro,
chegando a cair 37,3%. A última
previsão de prejuízo da montadora no mundo foi de cerca de
US$ 5 bilhões no período que
vai de abril do ano passado até
ontem.
VERDE
A Toyota vai anunciar hoje que terá uma fundação no
Brasil. No mundo, a empresa já possui outras dez fundações. A entidade brasileira, a Fundação Toyota do Brasil,
terá foco nas ações ambientais. Já está em andamento uma
parceria com a SOS Mata Atlântica. "A Toyota concentra
90% dos seus 123 concessionários na região da mata atlântica, e isso vai permitir a criação de uma rede de parceiros
para apoiar outras iniciativas da fundação", afirma Luiz
Carlos Andrade Junior, vice-presidente sênior da Toyota
Mercosul.
SEM DOR DE CABEÇA
O HSBC acaba de contratar dois executivos para reforçar sua estratégia no segmento de varejo. Antonio Barbosa (ex-Real) assumiu a diretoria de Crédito Imobiliário e,
Marcos Almeida (ex-Credicard Citi), a de Cartões de Crédito. Mais do que buscar "market share", a meta deles no
banco é fidelizar clientes. "Esses setores são portas de entrada de clientes. A nossa meta é fazer com que eles busquem todos os produtos no HSBC", diz Almeida. Para isso, estão estudando investimentos para melhorar atendimento, produtos e processos do banco. "Queremos que o
cliente tenha uma boa experiência no banco", diz Barbosa.
NO PALCO
A demanda pelo seguro de
eventos cresceu dez vezes
nos últimos três anos, segundo o IRB-Brasil Re. Em
2008, o IRB reformulou os
produtos de sua carteira de
riscos diversos. O seguro de
eventos passa a ter 26 modalidades de cobertura, desde
cancelamento do evento até
roubo de valor arrecadado
na bilheteria.
MICROFONE
Os principais eventos ressegurados pelo IRB recentemente foram a turnê da Madonna na América Latina,
shows dos Rolling Stones,
Elton John e The Police. A
carteira inclui resseguro de
congressos, exposições e até
de festas de casamento.
ACERTO
A TIM firmou um acordo
com a Embratel para receber
R$ 90 milhões referentes à
remuneração de chamadas
feitas pelos seus clientes
com o código da operadora
de longa distância. A disputa
vinha se arrastando havia
pelo menos quatro anos. Em
troca, a Embratel ganhou o
direito de reajustar os preços
nas chamadas feitas pelos
clientes da TIM.
MINUTO
Serão lançadas no país, no
próximo dia 6, as novas raspadinhas Instantâneas com
maiores prêmios, das Loterias Caixa.
LUMINÁRIA
A Bronzearte, importadora e distribuidora de luminárias, começará a fabricar peças exclusivas. Os novos produtores chegarão ao mercado com a marca Ronda, direcionados principalmente a
profissionais de arquitetura
e decoração.
DE MUDANÇA
A importadora de luminárias também está de mudança para uma nova sede, em
Embu (SP). Com investimento de R$ 3 milhões, o local abrigará showroom e
área de montagem e fabricação, além de escritório e depósito.
AO TRABALHO
A Fundação Dom Cabral
inaugura amanhã, em conjunto com a Universidad Del
Pacifico, uma parceria para
desenvolver empresas no
Peru. No Brasil, o grupo começou com 12 empresas. No
Peru, já tem dez empresas.
MAIS COM MENOS
A Hay Group reunirá consultores e executivos para
discutir como as organizações podem obter lucros
maiores e resultados positivos em meio ao ambiente de
crise, no dia 15, em evento
anual organizado para clientes da consultoria. O tema
será "Fazendo mais com menos". Entre os participantes,
estão Arlindo Casagrande
(CPFL) e Julio Fonseca (Oi).
Brasil é 59º em lista de acesso
à banda larga
Os investimentos das operadoras de telefonia não estão sendo suficientes para
impulsionar o acesso à internet no Brasil. É o que revela
um estudo do Fórum Econômico Mundial e da The Business School of the World.
No levantamento, realizado em 134 países, o Brasil
permaneceu na 59ª posição
pela sexta vez consecutiva
entre as nações com mais conexões de banda larga. A Cisco, líder na fabricação de
equipamentos para redes de
acesso à internet, patrocinou
o estudo e fez um relatório
exclusivo sobre o país.
Para Enrique Rueda-Sabater, diretor da Cisco e um dos
responsáveis pelo relatório, a
situação brasileira é preocupante. Segundo ele, entre
2005 e 2007, a porcentagem
da população com acesso à
internet rápida dobrou, passando de 2% para 4%. Em
países com alta densidade de
oferta do serviço, esse índice
foi de 15% para 22%.
A explicação é que há um
desequilíbrio entre as políticas governamentais e os investimentos em infraestrutura. Rueda-Sabater afirma
que faltam conexões no país,
embora cresçam as ofertas
de produtos. O preço alto é
outro empecilho, diz.
O resultado é que a defasagem entre os domicílios com
máquinas conectadas à internet e desconectadas dobrou, passando de quatro para oito pontos percentuais.
As operadoras reclamam
que não têm como definir
um plano de negócio para levar a internet a todo país
porque falta clareza na regulamentação do setor. Sem escala, o preço do acesso à banda larga fica mais alto.
com JOANA CUNHA, MARINA GAZZONI e JULIO WIZIACK
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