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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Setor de eletroeletrônicos sobe 73% na Bovespa
O setor de eletroeletrônicos é
o destaque na Bovespa no primeiro trimestre deste ano. Os
papéis de empresas do setor tiveram valorização média de
72,6% na Bolsa paulista, de
acordo com levantamento feito
pela consultoria Economática.
Em segundo lugar, estão as
ações de telecomunicações,
que apresentaram ganhos médios acumulados de 34,8% neste ano, até ontem.
Esses aumentos ficaram bem
acima da valorização de 2,6%
do Ibovespa, índice que reúne
as 63 ações brasileiras mais negociadas na Bolsa paulista.
As justificativas para o destaque dos setores de eletroeletrônicos e de telecomunicações foram fatos isolados que ocorreram com algumas empresas.
"As ações das empresas desses setores que apresentaram
as maiores altas não têm muita
liquidez. Portanto, as valorizações não demonstram uma tendência setorial", afirma Ricardo Martins, gerente de pesquisa da Planner Corretora.
Para o próximo trimestre,
Martins aponta o setor de mineração como o possível destaque setorial da Bolsa.
"O reajuste do minério de
ferro e, consequentemente, os
aumentos que as empresas já
estariam promovendo em seus
produtos mostram que o setor
tende a ter uma boa performance na Bolsa", diz ele.
Por conta do aumento da Selic nas próximas reuniões do
Copom, as ações dos bancos
tendem a apresentar ganhos na
Bovespa, segundo Martins.
O cenário para a Bolsa no
próximo trimestre, porém, ainda não é o considerado ideal,
devido a possíveis impactos por
conta da campanha eleitoral.
MAIS SEGURO
A Garantech, empresa
do mercado de garantia
estendida, do grupo Itaú
Unibanco, está expandindo a sua rede de atuação.
A estratégia é levar a garantia estendida -aquela
que oferece cobertura
extra após o fim da garantia do fabricante- ao
pequeno e médio varejista. "Hoje eles não têm o
produto. Queremos mostrar a importância que
pode ter na receita", diz
André Rutowitsch, diretor da Garantech. Segundo a Susep, o setor movimentou R$ 1,25 bilhão no
ano passado. A comercialização da garantia estendida acompanha o crescimento do país, segundo
Rutowitsch. "Quanto
mais acesso a população
tem aos bens, maiores
são as vendas da garantia
estendida." A Garantech
lança neste mês duas
modalidades de garantia
estendida: a de óculos
e a de tênis.
TALHERES
A brasileira St. James,
companhia de peças de
metais prateados que
forneceu seus produtos
para a cerimônia de posse de Barack Obama na
Presidência dos EUA,
amplia seu foco de atuação. Conhecida pela venda de objetos luxuosos
-como jarras, samovares e baixelas-, a empresa passa a comercializar linhas de produtos
mais "democráticas", segundo Ricardo Saad, sócio-diretor. A ideia é integrar à marca produtos
para o uso cotidiano como talheres, copos, porcelanas e itens de alumínio. Um faqueiro de 130
peças da nova linha St.
James Casual custa cerca de R$ 1.000. Um
equivalente de prata da
linha tradicional sai por
cerca de R$ 2.500. A Novamesa, outra linha recém-lançada, também
mais barata, custa R$
600. "O fato de só trabalharmos com luxo nos
restringia", afirma Saad.
IMAGEM
Será realizada no dia 7 na
Universidade de Syracuse,
em Nova York, a conferência
Marca Brasil, cujo tema será
o desafio de construir a imagem empresarial do país.
Rodolfo Guttilla, diretor de
assuntos corporativos e relações governamentais da
Natura, conduzirá painel sobre comunicação corporativa. Participarão também
Izeusse Braga, gerente de
comunicação internacional
da Petrobras, e Paulo Nassar, professor de relações
públicas da USP.
AMBIENTAL
A classe C apresenta comportamento muito próximo
ao das classes A e B com relação à preocupação com o
ambiente, segundo conclusão de pesquisa anual da Cetelem, do Grupo BNP Paribas, que será divulgada na
próxima semana. Além de
dados sobre o mercado interno de varejo, o estudo
abordou o consumo consciente. A pesquisa, feita com
1.500 pessoas no país, mostra que só 11% são indiferentes ao movimento de consumo responsável.
DIÁRIA
O grupo hoteleiro Royal
Palm Hotels & Resorts, no
primeiro bimestre deste
ano, registrou recorde de faturamento, na casa dos R$
15 milhões. "No ano passado, faturamos mais de R$ 60
milhões. Neste ano, queremos crescer 25%", diz Antonio Dias, diretor-executivo
do grupo, que é formado por
quatro empreendimentos
localizados em Campinas.
LETRA
Com a emissão de R$ 1 bilhão, o Banco do Brasil inaugura emissões das Letras Financeiras, um título de crédito emitido sob a forma escritural, cujo vencimento
não poderá ser inferior a 24
meses. Trata-se de uma alternativa de captação de
longo prazo para os bancos.
Pode ser remunerado a juros prefixados, taxas flutuantes ou índices de preço.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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