São Paulo, quinta-feira, 01 de abril de 2010

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Rhodes, que negociou dívida externa do Brasil, vai se aposentar do Citi

DA FOLHA ONLINE

O Citigroup informou ontem que William Rhodes vai se aposentar do cargo de vice-presidente sênior do Citigroup e do Citibank no dia 30, após uma carreira de 53 anos na empresa e colaboração em crises envolvendo a América do Sul e a Ásia. Rhodes vai continuar a servir o banco de Nova York como um conselheiro sênior.
O executivo teve uma participação importante em negociações no Brasil. Quando o então presidente José Sarney decretou moratória da dívida externa brasileira, em 1987, o Citibank era o maior credor privado do país. O banco tinha US$ 4,6 bilhões para receber.
Na época, Rhodes comandou reuniões do que se chamava Comitê Assessor dos Bancos Credores. Por ser o maior credor do Brasil, o banco tinha o direito de presidir esse clube informal de bancos privados.
O governo brasileiro chegou a renegociar a dívida em 1988, mas voltou a atrasar os pagamentos. Foi quando começou o período da chamada "moratória branca" -sem interrupção dos pagamentos, mas com alguns atrasos.
O banco voltou a comandar as reuniões de credores a partir de 1990, mas as negociações da dívida externa brasileira só ocorreriam no final de 1994.
Em 2009, Rhodes, vice-presidente do conselho do grupo e que respondia pela presidência-executiva do Citibank, passou a se dedicar à rede internacional de varejo.
Rhodes se juntou ao Citibank em 1957, após se formar na Universidade Brown. Ele ajudou a liderar a expansão do Citi em vários mercados, incluindo Europa central e Oriental e China.
Uma das instituições mais atingidas pela crise de 2008, o Citi recebeu ajuda de US$ 45 bilhões do governo norte-americano. O Tesouro virou acionista do banco, com 27% de participação, e anunciou nesta semana que irá se desfazer dos papéis.


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