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foco
Rhodes, que negociou
dívida externa do Brasil,
vai se aposentar do Citi
DA FOLHA ONLINE
O Citigroup informou ontem que William Rhodes vai
se aposentar do cargo de vice-presidente sênior do Citigroup e do Citibank no dia
30, após uma carreira de 53
anos na empresa e colaboração em crises envolvendo a
América do Sul e a Ásia. Rhodes vai continuar a servir o
banco de Nova York como
um conselheiro sênior.
O executivo teve uma participação importante em negociações no Brasil. Quando
o então presidente José Sarney decretou moratória da
dívida externa brasileira, em
1987, o Citibank era o maior
credor privado do país. O
banco tinha US$ 4,6 bilhões
para receber.
Na época, Rhodes comandou reuniões do que se chamava Comitê Assessor dos
Bancos Credores. Por ser o
maior credor do Brasil, o
banco tinha o direito de presidir esse clube informal de
bancos privados.
O governo brasileiro chegou a renegociar a dívida em
1988, mas voltou a atrasar os
pagamentos. Foi quando começou o período da chamada "moratória branca" -sem
interrupção dos pagamentos, mas com alguns atrasos.
O banco voltou a comandar as reuniões de credores a
partir de 1990, mas as negociações da dívida externa
brasileira só ocorreriam no
final de 1994.
Em 2009, Rhodes, vice-presidente do conselho do
grupo e que respondia pela
presidência-executiva do Citibank, passou a se dedicar à
rede internacional de varejo.
Rhodes se juntou ao Citibank em 1957, após se formar na Universidade Brown.
Ele ajudou a liderar a expansão do Citi em vários mercados, incluindo Europa central e Oriental e China.
Uma das instituições mais
atingidas pela crise de 2008,
o Citi recebeu ajuda de US$
45 bilhões do governo norte-americano. O Tesouro virou
acionista do banco, com 27%
de participação, e anunciou
nesta semana que irá se desfazer dos papéis.
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