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Apesar de venda recorde, setor não recompõe vagas perdidas na crise
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Mesmo com os sucessivos recordes de vendas de carros por
conta da redução do IPI e da retomada dos financiamentos para a aquisição de veículos, o nível de emprego na indústria automotiva ainda não retomou o
patamar pré-crise.
Neste mês, algumas montadoras, como Fiat e General Motors, anunciaram contratações
em suas fábricas para ampliar a
produção de veículos. A GM,
por exemplo, disse que os investimentos na ampliação de
suas unidades em São Caetano
e Mogi das Cruzes, em São Paulo, devem resultar na criação de
cerca de 1.500 postos de trabalho. Já a Fiat deve contratar
mais mil funcionários em Betim (MG).
Mas as novas contratações
ainda não vão zerar o deficit de
vagas criado ao longo da crise
global. De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores), em fevereiro, a indústria automotiva contava
com 126,6 mil funcionários, ante 131,7 mil em outubro de
2008.
"As empresas estão ganhando em produtividade e acertando seus gargalos. Há uma melhora na eficiência, daí a necessidade de menos gente trabalhando para produzir o mesmo", afirmou o consultor André Beer, ex-presidente da Anfavea. "Esse é um processo natural", acrescentou.
As montadoras produziram
em fevereiro 253.176 veículos,
um volume 24% superior ao registrado no mesmo período do
ano passado.
Recorde
Em março, as vendas do setor
automotivo bateram recorde
antes de o mês terminar. Até o
dia 29, foram comercializados
453.780 veículos, entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motos. O resultado é 29,86% superior ao registrado em fevereiro.
Para o diretor-superintendente da consultoria Jato
Dynamics, Luiz Carlos Augusto, a expansão do crédito no setor automotivo deve ser vista
com cuidado. "Mais até que o
IPI, foi esse o principal fator
que impulsionou as vendas. É
preciso tomar cuidado com financiamentos em até seis anos,
como vimos atualmente. A longo prazo, isso pode provocar
uma crise de inadimplência."
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