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BC dos EUA faz sétimo corte seguido nos juros
DA REDAÇÃO
Como já era esperado, o Fed
(Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) cortou em 0,25 ponto percentual,
para 2%, a taxa de juros básica
americana e sinalizou que não
deverá acontecer uma redução
na próxima reunião da entidade, marcada para junho. Ainda
assim, o BC americano deixou
abertas as portas para novos
cortes nos próximos meses.
Foi o sétimo corte consecutivo na taxa de juros pelo Fed
desde o encontro de setembro
do ano passado, em uma tentativa de impedir que a economia
do país entre em recessão, motivada pelas crises nos mercados financeiro e imobiliário
-resultado dos problemas no
setor de hipotecas "subprime"
(de alto risco).
Os juros americanos estão
agora no seu menor nível desde
novembro de 2004 e 3,25 pontos percentuais inferiores em
relação à taxa de setembro passado, quando começou o atual
ciclo de cortes.
Uma das novidades do comunicado divulgado pelo Fed após
a decisão -que é como os analistas tentam interpretar os
próximos passos da entidade-
foi a supressão da afirmação de
que "os riscos negativos para o
crescimento permanecem". A
declaração, uma das raras mudanças em relação ao texto do
encontro de março, foi vista como um dos sinais de que o organismo fará uma pausa nos cortes na taxa de juros.
O BC americano afirmou que
a atividade econômica "permanece fraca", os gastos do comércio e das famílias estão "reprimidos" e os mercados de trabalho "enfraqueceu ainda
mais". Disse ainda que os gastos dos consumidores se desaceleraram e que os mercados financeiros continuam sob "considerável pressão".
Também ontem, o Fed aprovou a redução em 0,75 ponto
percentual da taxa de redesconto, para 2,5%.
Assim como aconteceu no
encontro de março, dois dos integrantes do Fomc (o comitê de
política monetária do Fed) votaram contra a nova redução
dos juros -oito foram favoráveis à medida-, o que demonstra que eles estão mais preocupados com os riscos do aumento da inflação do que com a desaceleração da economia. No
comunicado de ontem, o banco
central dos EUA disse que "será
necessário continuar a monitorar cuidadosamente os progressos da inflação".
O CPI (índice de preços ao
consumidor, na sigla em inglês,
e que é acompanhado pelo Fed)
subiu 0,3% em março em relação a fevereiro, puxado principalmente pelo custo da energia,
que subiu 1,9%, após queda de
0,5% em fevereiro. Os dados do
mês passado só serão divulgados no dia 14. O aumento no
preço dos combustíveis é atualmente uma das principais
preocupações dos consumidores norte-americanos.
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