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Marca BNDES se valoriza e vale hoje R$ 2,347 bi
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
Investimentos maiores em
publicidade nos últimos anos
levaram o BNDES a registrar
um aumento de 62% no valor
da marca do banco no último
ano. A marca BNDES é avaliada
hoje em R$ 2,347 bilhões e o
banco ocupa o 38º lugar no ranking de empresas brasileiras
elaborado pela Brand Finance.
O resultado coloca o banco
atrás de marcas como Petrobras e Bradesco, mas com uma
colocação acima da de empresas como Embratel, Brasken e
Natura, entre outras. Na pesquisa anterior, ele era o 48º colocado no ranking.
No ano passado, o banco
aprovou orçamento recorde de
R$ 50 milhões para propaganda. Neste ano, em razão das restrições previstas em ano eleitoral, o orçamento será de R$ 38
milhões para publicidade mercadológica e institucional.
O banco inaugurou neste ano
uma nova campanha veiculada
em TV no valor de R$ 18 milhões. O conjunto de oito filmes
intitulado "Faces do Desenvolvimento" apresenta depoimentos de pessoas que foram beneficiadas pelos empréstimos do
banco, mas que não são tomadoras do crédito. A exceção é o
depoimento da dona de um restaurante que usou o Cartão
BNDES, produto voltado para o
pequeno e micro empresário
disposto a investir em máquinas e equipamentos.
De modo geral, a propaganda
destaca os investimentos em
cultura, inovação, sustentabilidade e também o acesso para
pequenos empresários. "A
campanha mostra que o banco
está presente na vida dos brasileiros, mesmo sem eles saberem. É um banco que não tem
agência, é importante que a sociedade saiba do seu papel",
afirma Fábio Kerche, assessor
da presidência do BNDES.
Segundo Gilson Nunes, sócio
e presidente da Brand Finance,
a pesquisa avalia a qualidade do
serviço, o relacionamento com
clientes, a cobrança de taxas, a
qualidade da comunicação e do
marketing e a imagem da instituição. Foram feitas entrevistas com 6.200 pessoas.
"No caso do BNDES, o valor
da marca representa o retorno
em relação ao serviço oferecido. O banco teve uma melhora
de imagem e atributos corporativos", disse Nunes.
A campanha institucional na
TV deve continuar em exibição
até a metade do ano. Para respeitar as regras de propaganda
em ano eleitoral, o segundo semestre deverá contar apenas
com anúncios de produtos específicos, como linhas de crédito ou o Cartão BNDES.
Críticos afirmam que o banco não tem necessidade de investir mais em publicidade porque se trata de banco público,
que não disputa fatia de mercado com bancos da rede privada.
Kerche discorda e afirma que o
banco enfrenta concorrência
da rede privada e que a propaganda é também uma forma de
prestação de contas.
De 2004 a 2008, os gastos
com propaganda quadruplicaram e passaram de R$ 8,6 milhões para R$ 35,8 milhões. No
período de 2000 a 2003, o
maior valor gasto com publicidade foi de R$ 12,2 milhões.
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