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São Paulo, domingo, 01 de junho de 2003

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Eletrônicos se esforçam para reduzir ociosidade

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto a indústria de papel e celulose opera a todo o vapor para dar conta das encomendas nos mercados interno e externo, a indústria eletroeletrônica, dependente das vendas domésticas, se esforça para trabalhar com 65% da sua capacidade instalada.
"A indústria de papel e celulose tem uma condição especial. É competitiva e tem forte acesso ao mercado internacional. As fábricas estão até recuperando um pouco o emprego", afirma Boris Tabacof, presidente do conselho de administração da Cia. Suzano. Nos últimos cinco anos, diz, o setor investiu, em média, US$ 1,1 bilhão por ano -valor que deve se repetir neste ano.
A indústria eletroeletrônica já não tem o mesmo ânimo. Dependente do mercado interno, que está contido, e de crédito, que está caro e escasso, esse setor está ansioso para reduzir a ociosidade das fábricas, da ordem de 35%.
"Estamos operando com 60% a 65% da nossa capacidade. O normal seria esse percentual estar em torno de 85%", diz Cláudio Vita Filho, vice-presidente da divisão Philco do grupo Itautec-Philco.
A indústria de TV instalada em Manaus, diz, tem capacidade para fabricar cerca de 10 milhões de aparelhos anuais, mas esse mercado não deve passar de 5 milhões de unidades neste ano. "Além da escassez e do custo alto do crédito, a taxa de câmbio instável atrapalha o setor", afirma.
A Philco, diz, que chegou a ter cerca de 2.500 funcionários, emprega hoje cerca de 860 pessoas. Apesar de o mercado estar retraído, diz, a empresa não pode parar de investir -a companhia gasta cerca de R$ 15 milhões por ano em pesquisa e desenvolvimento de produtos.
A Hering, fabricante de roupas, informa que opera com 80% da capacidade, apesar de ser exportadora -20% da produção vai para o mercado internacional. "Gostaríamos de trabalhar com 90% da capacidade", diz Ulrich Kuhn, diretor da companhia. A Hering investe cerca de R$ 9 milhões por ano em novas tecnologias e vai manter esse valor. (FF)


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