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LUÍS NASSIF
A tecnologia social
Na coluna de sábado,
mencionei os ganhos que
poderiam advir para o país do
uso das tecnologias sociais para a disseminação de conceitos e inovações para micro e
pequenas empresas.
Nos Instituto Ayrton Senna,
Comunidade Solidária, Capacitação Solidária, Instituto
Hospitalidade, entre outros.
O primeiro passo consiste
em identificar claramente a
causa do problema a ser atacado. Há que ter bons levantamentos científicos e despender
bom tempo atrás do bom
diagnóstico. Como ensinam os
japoneses, todo o tempo perdido no planejamento será recuperado com lucros na implementação.
O segundo passo consiste em
pensar em um piloto, testado
na prática, mas já preparado
para ser reproduzido. Segundo Viviane Senna e demais especialistas, é ineficaz o segundo caminho -o de identificar
práticas isoladas bem-sucedidas e pensar depois na multiplicação. Podem ser até práticas exemplares, mas sem as
características para a multiplicação.
Como a multiplicação da experiência consiste em transferência de conhecimento, uma
de suas características tem
que ser a simplificação, a facilidade para que cada agente,
na ponta, entenda a lógica e
reproduza o modelo.
Outra característica relevante é o baixo custo, ainda
mais se se pretender disseminar a experiência em nível nacional.
Outro ponto fundamental é
ter claro, desde o início, o papel que caberá a cada parceiro
-ONGs, patrocinador privado e setor público. E, aí, tão ou
mais importante que o modelo
pedagógico é o gerencial.
Há que definir, desde o início, os indicadores de acompanhamento e o modelo de avaliação.
No caso do Acelera Brasil
(de reforço a alunos repetentes) de São Paulo, por meio de
sistemas informatizados, o
instituto acompanha o desempenho de cada aluno, cada
classe, cada colégio dos Estados conveniados -em um sistema em que a escola está submetida a um coordenador regional, que responde a um estadual, que responde ao instituto. Assim, os problemas são
rapidamente identificados para permitir soluções rápidas.
O terceiro passo é reproduzir
a experiência piloto em um
conjunto estatisticamente relevante de ambientes -cidades grandes, médias, pequenas, pobres, ricas, do litoral,
do interior. Esse período inicial de avaliação precisa ser
exaustivamente testado, antes
de começar a replicar em escala nacional.
Um aspecto fundamental do
modelo -tanto na ação social
quanto nos chamados Arranjos Produtivos Locais- é respeitar as características do
meio em que vai ser aplicado.
Ou seja, há que ser suficientemente flexível para ser reproduzido e, ao mesmo tempo,
poder ser customizado para
cada região.
Ministério Público
Está na hora de a corporação
considerar que cada vazamento de informação de inquérito,
antes de devidamente checada,
cada acusação sem provas fundamentadas são sabotagem
contra o instituto do Ministério
Público.
Está vindo aí um forte movimento de redução das atribuições do Ministério Público. E as
principais armas dos adversários são os procuradores que
continuam agindo apenas para conquistar manchetes.
E-mail -
Luisnassif@uol.com.br
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