São Paulo, quinta-feira, 01 de junho de 2006

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Investidor reage com tranqüilidade a indicadores; Bolsa e dólar registram alta

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado reagiu com certa tranqüilidade aos principais indicadores divulgados ontem. No Brasil, os números do PIB não chegaram a impressionar os investidores e tiveram influência modesta nos negócios. A Bolsa subiu 0,32%, e o dólar fechou a R$ 2,324 (+0,61%).
Nos EUA, foi divulgada a ata da última reunião do Fed (BC). Apesar de o documento dar sinais de que novas elevações nos juros podem ocorrer, dependendo da evolução dos índices de inflação e de atividade econômica, o mercado não respondeu negativamente a ele.
Mas a alta da Bovespa de ontem foi tímida, principalmente se for levado em consideração que o mercado acionário doméstico teve na terça-feira seu pior dia em dois anos, ao registrar perdas de 4,54%. No mês, a Bolsa paulista acumulou desvalorização de 9,50%.
"O mercado já havia precificado um pouco nas últimas semanas um cenário mais pessimista em relação ao futuro dos juros nos EUA", afirma Adauto Lima, economista do banco WestLB. Ou seja, os investidores vêm ajustando os preços dos ativos (ações, moedas e títulos) há cerca de 20 dias, contando com um cenário de juros americanos mais altos.
No mercado de câmbio, o BC voltou a intervir. Pelo segundo dia, a autoridade monetária ofereceu às instituições financeiras um lote de US$ 400 milhões em "swap cambial". Esse título paga às instituições a variação do dólar em determinado período. Por isso, quando são vendidos, diminuem a pressão sobre a cotação da moeda.
O mercado encerrou suas operações antes de o Copom anunciar a redução da taxa Selic de 15,75% para 15,25%.


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