São Paulo, quarta-feira, 01 de julho de 2009

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Distribuidora pediu correção maior à agência reguladora

DA REDAÇÃO

Apesar de ter pedido um aumento maior (18%) à Aneel, a Eletropaulo diz estar preocupada com a elevação da inadimplência com o reajuste aprovado pela agência reguladora. A afirmação foi feita pela vice-presidente de assuntos regulatórios da distribuidora, Sheilly Contente, lembrando que o acréscimo ficou "muito acima da inflação" do período e "o que fica conosco é muito pouco".
O nível de inadimplência contabilizado em carteira pela empresa foi de 1,2% neste ano, até maio. A Aneel, no entanto, considera um índice de 0,9%, segundo a Eletropaulo, ou seja, "já é inferior ao valor de inadimplência real". Sheilly ressaltou que o cálculo da agência foi "adequado", de acordo com as regras do contrato, mas lembrou que a distribuidora tem que repassar o valor de tributos e encargos, mesmo que o consumidor não pague a fatura.
Para Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da ProTeste e colunista da Folha, "é um reajuste extremamente alto para o consumidor, já que se trata de um bem essencial". "Ainda hoje não temos concorrência. O consumidor é obrigado a engolir um aumento desses e não tem escolha", completou a advogada.
Segundo Antonio Evaldo Comune, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a conta de luz representa pouco mais de 4% dos gastos das famílias, em média, na cidade de São Paulo. Por causa da data de vencimento das faturas, ele lembra que o impacto desse reajuste vai ser diluído em dois meses. (TATIANA RESENDE)


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