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Distribuidora pediu correção maior à agência reguladora
DA REDAÇÃO
Apesar de ter pedido um aumento maior (18%) à Aneel, a
Eletropaulo diz estar preocupada com a elevação da inadimplência com o reajuste aprovado pela agência reguladora. A
afirmação foi feita pela vice-presidente de assuntos regulatórios da distribuidora, Sheilly
Contente, lembrando que o
acréscimo ficou "muito acima
da inflação" do período e "o que
fica conosco é muito pouco".
O nível de inadimplência
contabilizado em carteira pela
empresa foi de 1,2% neste ano,
até maio. A Aneel, no entanto,
considera um índice de 0,9%,
segundo a Eletropaulo, ou seja,
"já é inferior ao valor de inadimplência real". Sheilly ressaltou que o cálculo da agência
foi "adequado", de acordo com
as regras do contrato, mas lembrou que a distribuidora tem
que repassar o valor de tributos
e encargos, mesmo que o consumidor não pague a fatura.
Para Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da ProTeste e colunista da Folha, "é
um reajuste extremamente alto para o consumidor, já que se
trata de um bem essencial".
"Ainda hoje não temos concorrência. O consumidor é obrigado a engolir um aumento desses e não tem escolha", completou a advogada.
Segundo Antonio Evaldo Comune, coordenador do IPC
(Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a conta de luz representa
pouco mais de 4% dos gastos
das famílias, em média, na cidade de São Paulo. Por causa da
data de vencimento das faturas, ele lembra que o impacto
desse reajuste vai ser diluído
em dois meses.
(TATIANA RESENDE)
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