PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Para conseguir desenvolver seu plano de investimentos de US$ 87,1 bilhões até 2011, a Petrobras assinou ontem contratos para o aluguel de seis sondas flutuantes de perfuração de poços de petróleo no valor total de US$ 4,8 bilhões (R$ 10,5 bilhões). As unidades entrarão em operação entre 2009 e 2010.
As quatro empreiteiras contratadas para produzir as sondas e posteriormente fretá-las à Petrobras são todas nacionais -Queiroz Galvão, Schahin Engenharia, Construtora Norberto Odebrecht e Petroserv.
As sondas, que ainda serão construídas, deverão ter capacidade de prospectar petróleo numa profundidade de 2.000 a 2.400 metros, dependendo do equipamento.
Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, as sondas permitirão ampliar a produção de óleo e gás da estatal em mais de mil barris/dia até 2011 e em mais de 2.000 barris/dia em 2015.
Neste ano, a produção de óleo e gás da Petrobras no Brasil será, em média, de 2,4 milhões de barris/dia. A previsão da estatal é chegar a 3,5 milhões em 2011. Para 2015, a meta é de 4,6 milhões.
Com a antecipação do contrato de afretamento das sondas, a Petrobras pretende não ser prejudicada pelo aquecimento mercado internacional de equipamentos de petróleo, em razão das altas cotações da commodity.
"Estamos fazendo antecipação de renovação de contratos para viabilizar condições melhores para manter por mais tempo algumas das sondas", afirmou Gabrielli.

Do exterior
Além dos contratos assinados ontem, a Petrobras irá alugar também outra sonda de exploração da sul-coreana Samsung, que será utilizada em prospecções no golfo do México (onde a estatal explora campos de óleo e gás) e possivelmente na Colômbia. A sonda poderá perfurar a uma profundidade de até 3.000 metros.
Segundo o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, as contratações feitas com as empreiteiras nacionais estão com preço 20% abaixo da média das cotações do mercado internacional.
Hoje, a Petrobras já tem em carteira 23 sondas flutuantes alugadas e outras três que já estão com contratos negociados, além das seis anunciadas ontem.
Nas contratações de firmas nacionais, a Petrobras exigiu que 90% da mão-de-obra que irá operar as unidades seja contratada no Brasil. Tal percentual terá de aumentar gradualmente até chegar a 100%.


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