São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

AVANÇO NO PLANTIO
A SLC Agrícola, uma das maiores produtoras de commodities do país e que tem foco em soja, milho, algodão e café, informou que deve plantar 270 mil hectares na safra 2009/10. Se confirmada, essa área supera em 158% a plantada em 2005/6.

ESTRATÉGIAS
A empresa aumenta a área plantada com novas compras, arrendamento e incremento da segunda safra em várias regiões do cerrado. A SLC deixa claro, no entanto, a intenção de adquirir novas fazendas, principalmente no cerrado brasileiro.

SEGUNDA SAFRA
Um dos motivos da ampliação da área da SLC é o aproveitamento das áreas com a segunda safra, permitido com o domínio de novas tecnologias. O plantio da segunda safra exige, no entanto, sementes de ciclo mais curto, o que pode gerar perda de produtividade, como ocorreu com a soja neste ano.

RECEITAS
A SLC teve receitas líquidas de R$ 78 milhões no segundo trimestre deste ano, 44% mais do que em igual período de 2007. O lucro líquido no período foi de R$ 1,6 milhão.

SEM SUPORTE
O primeiro contrato de trigo fechou ontem a US$ 5,88 por bushel em Chicago, com queda de 0,51% . Nos últimos 30 dias a queda é de 10,3%. Projeção de safra maior e melhora nos estoques seguram os preços do cereal.

QUEDA NO BRASIL
Os preços do trigo também caem no Brasil. Ontem o produto recuou 2% -em 30 dias a queda é de 13%. A oferta interna aumenta com o início da safra no Paraná. Já a produção mundial sobe para 660 milhões de toneladas em 2008/9, conforme previsões do IGC (Conselho Internacional de Grãos).

GADO CONFINADO
A oferta de gado continua reduzida em São Paulo e só deve melhorar na segunda quinzena deste mês, quando começam a aparecer os animais de confinamento. No varejo, a pressão de demanda cresce, com a entrada de novo mês e pagamento de salários.

PERDAS
O JBS-Friboi registrou prejuízo de R$ 371,1 milhões no primeiro semestre. O motivo das perdas, segundo a empresa, foram "aspectos contábeis e financeiros", relacionados a investimentos no exterior, em especial pelas compras de frigoríficos nos EUA e na Austrália.

REMANEJAMENTO
Para aliviar o peso do real valorizado, o JBS vai buscar realocar suas dívidas para bancos e moedas em cada país em que atua. No Brasil, a meta é chegar ao fim do ano com abate diário 25% maior, em 25 mil cabeças.


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