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Para oposição,
alta do PIB "não
é espetáculo"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A oposição ao governo minimizou o resultado do PIB divulgado
ontem. Em nota, o PSDB afirma
que há manipulação na divulgação dos dados com intuito eleitoral. "A economia teve um crescimento de 4,2% nos primeiros seis
meses deste ano, anuncia o governo. Essa é a maior taxa de crescimento do PIB desde o primeiro
dia do governo Lula, deveria
anunciar o PT", diz o documento.
"Os dados apresentados pelo
IBGE sobre o crescimento do PIB
indicam que o crescimento da
economia não é nenhum espetáculo como pretende o governo
apresentar", diz a nota.
Já o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard
Appy, considerou positivo o desempenho da economia brasileira
no primeiro semestre. "Esse crescimento é conseqüência da consolidação da estabilidade macroeconômica", disse Appy, em Brasília, logo depois da divulgação dos
dados feita pelo IBGE.
Durante discurso feito em seminário organizado pela Apimec
(Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do
Mercado de Capitais), o secretário
disse ainda que "a situação não é
tão confortável" quanto o governo gostaria, e que são necessários
maiores investimentos, especialmente do setor privado.
Presente ao mesmo evento, o
deputado federal Delfim Netto
(PP-SP) criticou a atuação do
Banco Central, que, nos últimos
meses, tem sinalizado que poderá
elevar os juros para conter pressões inflacionárias. "O Banco
Central é um terrorista", disse.
Senadores e deputados governistas disseram que a alta do PIB
nos seis primeiros deste ano mostra que a política econômica adotada pelo governo está no caminho certo. Eles aproveitaram para
cobrar a votação da PPP (Parceria
Público-Privada), parado no Senado desde março, para gerar investimentos em infra-estrutura.
"Vamos ter continuidade no segundo semestre. Mesmo que não
haja crescimento no período vamos ter crescido 3,9% no acumulado do ano", disse o presidente
da Comissão de Orçamento, deputado Paulo Bernardo (PT-PR).
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