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BB lança pacote de R$ 14 bi a microempresas
Em mais um lance agressivo para ganhar mercado dos bancos privados, instituição cria novas linhas de crédito para o setor
Banco do Brasil também pretende emprestar mais
R$ 13,9 bilhões para que as empresas invistam em bens e aumentem sua produção
KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco do Brasil lançará hoje mais um pacote com linhas
de crédito para micro e pequenas empresas. Valor: R$ 14,5 bilhões. É mais um lance agressivo do BB para ganhar mercado
dos bancos privados sob a avaliação de que o pior da crise
econômica já passou e que há
espaço para aumentar a sua
carteira de crédito.
Depois de perder em novembro de 2008 a liderança para a
fusão Itaú-Unibanco, o BB recuperou o título de maior banco do país no mês passado. A estratégia é consolidar a dianteira, aproveitando a melhora do
cenário econômico internacional e doméstico.
O BB pretende emprestar
mais R$ 13,9 bilhões para micro
e pequenas empresas que queiram fazer investimentos em
compra de equipamentos. São
bens que permitem aumentar a
produção. Esse volume ficará
disponível para 240 mil clientes tradicionais do banco e com
histórico de bom pagador. É
uma operação considerada de
baixo risco pela direção do BB.
Outra medida será a ampliação do prazo para as pequenas
empresas que queiram antecipar a venda futura com cartões
de crédito. O novo prazo saltará
de 12 meses para 24 meses. O
valor adicional para a operação
será de R$ 570 milhões.
Essa linha é chamada de "recebíveis", um adiantamento
que a empresa pega no banco.
Essa linha, em alguns casos,
possibilita um adiantamento
de até seis vezes o valor do faturamento médio mensal das micro e pequenas empresas. Nessa linha, serão enquadrados
15,4 mil clientes.
Em abril, o Banco do Brasil
lançou um pacote para reduzir
o custo do crédito a pessoas físicas. No mês de junho, anunciou a ampliação de linhas de
crédito no valor de R$ 11,6 bilhões para 303 mil micro e pequenas e empresas. As micro e
pequenas empresas são aquelas com faturamento anual de
até R$ 15 milhões por ano.
Com a troca do presidente do
BB em abril, o governo estimulou a instituição a aumentar a
oferta de crédito. Na avaliação
do Ministério da Fazenda, a
ampliação de linhas de financiamento foi a principal responsável pela retomada da liderança do BB no setor bancário. A expectativa do governo é
que a medida estimule a concorrência, levando os bancos
privados a seguir os passos do
BB. Ou seja, reduzir os juros para não perder clientes.
Pesou na avaliação da cúpula
do banco a divulgação do Índice
de Confiança do Empresário
Industrial da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Houve um aumento das expectativas positivas do empresariado, sobretudo na área de investimentos.
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