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TRABALHO
Produção industrial tem queda de 0,6% no período
Japão mantém desemprego em nível recorde de 4,9% em julho
das agências internacionais
O desemprego no Japão se
manteve no nível recorde de 4,9%
em julho. O país enfrenta hoje a
mais longa recessão em 50 anos.
O número de pessoas desempregadas subiu para 3,3 milhões no
mês, 20 mil a mais que em junho.
A produção industrial, por sua
vez, teve queda de 0,6% no mês,
mostrando que a economia japonesa ainda não conseguiu superar
a crise.
Em junho, a produção industrial havia crescido 3,2%.
O anúncio dos dados fez a Bolsa
de Tóquio registrar queda de
2,7% ontem e derrubou também
os demais mercados da região.
Em Hong Kong, a queda foi de
1,50%. A Bolsa de Cingapura teve
baixa de 1,59% e, em Seul (Coréia
do Sul), o mercado sofreu queda
de 0,50%. O único mercado da região que teve ganho foi Taipé
(Taiwan) com avanço de 1,07%.
A valorização do iene, que prejudica as exportações do país,
contribuiu para as perdas.
O dólar chegou a ser cotada a
109,46 ienes em Londres e fechou
a 109,67.
Ironicamente, o que faz o iene
se fortalecer é a expectativa dos
investidores de que a economia
japonesa irá se recuperar a curto
prazo.
Analistas dizem, porém, que a
recessão deverá se prolongar pelos próximos meses. Estimativas
oficiais apontam que o desemprego poderá chegar a 5,2%, porque
várias companhias estão realizando cortes de vagas, num processo
de reestruturação conhecido como "risutora".
Ainda arraigados à cultura do
"emprego vitalício", os trabalhadores japoneses não estão conseguindo se adaptar às reestruturações. A perspectiva de perder o
emprego contribui para reduzir o
nível de consumo interno do país
e agravar o quadro recessivo, apesar dos esforços do governo em
estimular a demanda.
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