São Paulo, Quarta-feira, 01 de Setembro de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TRABALHO
Produção industrial tem queda de 0,6% no período
Japão mantém desemprego em nível recorde de 4,9% em julho

das agências internacionais

O desemprego no Japão se manteve no nível recorde de 4,9% em julho. O país enfrenta hoje a mais longa recessão em 50 anos. O número de pessoas desempregadas subiu para 3,3 milhões no mês, 20 mil a mais que em junho.
A produção industrial, por sua vez, teve queda de 0,6% no mês, mostrando que a economia japonesa ainda não conseguiu superar a crise.
Em junho, a produção industrial havia crescido 3,2%.
O anúncio dos dados fez a Bolsa de Tóquio registrar queda de 2,7% ontem e derrubou também os demais mercados da região.
Em Hong Kong, a queda foi de 1,50%. A Bolsa de Cingapura teve baixa de 1,59% e, em Seul (Coréia do Sul), o mercado sofreu queda de 0,50%. O único mercado da região que teve ganho foi Taipé (Taiwan) com avanço de 1,07%.
A valorização do iene, que prejudica as exportações do país, contribuiu para as perdas.
O dólar chegou a ser cotada a 109,46 ienes em Londres e fechou a 109,67.
Ironicamente, o que faz o iene se fortalecer é a expectativa dos investidores de que a economia japonesa irá se recuperar a curto prazo.
Analistas dizem, porém, que a recessão deverá se prolongar pelos próximos meses. Estimativas oficiais apontam que o desemprego poderá chegar a 5,2%, porque várias companhias estão realizando cortes de vagas, num processo de reestruturação conhecido como "risutora".
Ainda arraigados à cultura do "emprego vitalício", os trabalhadores japoneses não estão conseguindo se adaptar às reestruturações. A perspectiva de perder o emprego contribui para reduzir o nível de consumo interno do país e agravar o quadro recessivo, apesar dos esforços do governo em estimular a demanda.


Texto Anterior: Cenários: Cai confiança do consumidor dos EUA
Próximo Texto: Negócios: Editora Abril compra Ática e Scipione
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.