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CONJUNTURA
PIB revisado aumentou 1,6% no segundo trimestre; com isso, Fed deverá manter taxa em 5,25%
EUA crescem menos; juro não deve subir
MALU GASPAR
de Nova York
A revisão do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos
no segundo trimestre mostrou
que o país teve, nesse período, a
sua menor taxa de crescimento
dos últimos quatro anos.
O índice revisado, divulgado
ontem pelo governo norte-americano, ficou em 1,6%, 0,2 ponto
percentual menos do que o projetado inicialmente. Isso significa
que o PIB cresceu US$ 31 bilhões
no período, US$ 3,7 bilhões menos do que havia sido divulgado
em agosto.
O PIB, que é a soma de tudo o
que se produz num país em um
ano, é considerado o principal indicador do desempenho da economia. Os números divulgados
ontem referem-se ao período de
abril a junho deste ano.
Com a divulgação do novo índice, o crescimento anual projetado
para o PIB passou a ser de 3,9%,
contra os 4,0% do primeiro trimestre.
Mesmo assim, a economia norte-americana está vivendo a sua
melhor fase em épocas de paz,
acumulando 101 meses de crescimento consecutivo.
O fato de a taxa ter sido a menor
desde 95, entretanto, indica que
houve desaquecimento no crescimento dos EUA. Por isso, os principais analistas econômicos do
país acreditam que o Fed (banco
central dos EUA) pode não aumentar os juros (estão em 5,25%
ao ano) na próxima terça-feira,
quando acontece a reunião semestral do órgão.
A reação do mercado norte-americano à divulgação dos dados foi positiva. Ontem, depois de
duas semanas em queda quase
consecutiva, o índice Dow Jones,
que reúne as 30 principais ações
negociadas no pregão da Bolsa de
Valores de Nova York, subiu
123,47 pontos, com aumento de
1,21%.
As fortes oscilações nos valores
das ações negociadas na Bolsa vinham sendo provocadas, justamente, pelo temor dos investidores de um novo reajuste nas taxas
de juros. Na semana passada, o
Dow Jones chegou a cair 5% -ou
244 pontos.
O principal motivo para o encolhimento do PIB, nesta revisão,foi
o crescimento das importações.
Por causa do grande número de
produtos importados do Japão,
da China e da Europa, o déficit comercial (importações superando
as exportações) do país atingiu
US$ 25,18 bilhões em julho passado.
Outro fator que influenciou a
queda do índice foi a desaceleração da produção de bens de consumo.
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