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Reuniões de BCs dão o tom do mercado nesta semana
Declarações de dirigentes são aguardadas por investidores
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de os investidores
não contarem com surpresas,
as reuniões dos bancos centrais
europeu e inglês estão no centro das atenções desta semana.
A expectativa predominante
é a de que os bancos centrais
irão manter sua taxas de juros
inalteradas. Porém, mesmo
que isso ocorra, comentários e
declarações de dirigentes após
os encontros podem mexer
com os mercados financeiros.
Os encontros para definir os juros básicos acontecerão na próxima quinta-feira.
O Fed (o banco central dos
Estados Unidos) surpreendeu a
maioria do mercado ao reduzir
a taxa básica do país de 5,25%
para 4,75% anuais no último
dia 18 -decisão que deu novo
alento às Bolsas de Valores,
com muitas entrando em um
movimento de recuperação das
perdas desencadeadas pela crise no setor americano de crédito imobiliário de alto risco.
A agenda de indicadores econômicos programada para sair
nos Estados Unidos nesta semana contará com números do
setor imobiliário e do mercado
de trabalho.
Epicentro das turbulências
que passaram a sacudir o mercado financeiro global a partir
da última semana de julho, os
EUA estão, mais do que nunca,
no foco de investidores e analistas mundiais.
A semana começa com a divulgação, hoje, de números do
desempenho do setor manufatureiro dos Estados Unidos em
setembro, medido pelo instituto ISM. Na quarta-feira, o mesmo instituto de pesquisas apresentará dados referentes ao setor de serviços na maior economia do mundo.
O resultado das solicitações
de empréstimos hipotecários
feitos pelos norte-americanos
até 28 de setembro vai ser divulgado na quarta-feira.
Na semana passada, dados
que mostraram quedas fortes
nas vendas de casas, novas e
usadas, acabaram sendo bem
recebidos pelas Bolsas de Valores. Isso porque se a economia
americana demonstrar sinais
de fraqueza, o cenário pode levar o Fomc (o comitê do banco
central americano que define
os juros) a realizar mais um
corte na taxa básica de juros em
sua próxima reunião, que ocorrerá no fim do mês de outubro.
Provavelmente o resultado
mais relevante da semana será
o da taxa de desemprego e o da
criação de vagas nos Estados
Unidos, a ser conhecida na sexta -sendo esse um importante
indicador do ritmo da economia norte-americana.
Agenda doméstica
No Brasil, os resultados dos
índices de inflação de setembro
devem ter impacto no desempenho do mercado.
Pressões inflacionárias recentes passaram a incomodar
os analistas, com alguns prevendo a possibilidade de o processo de queda da taxa Selic ser
interrompido.
Nesta semana, saem o IPC
(Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)
e o IGP-DI medido pela Fundação Getulio Vargas.
O mercado financeiro brasileiro conhecerá também, na
quinta-feira, o resultado da
produção industrial de agosto,
a ser apresentado pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na semana passada, o mercado brasileiro se mostrou bem
animado. A Bolsa de Valores de
São Paulo superou pela primeira vez os 61 mil pontos.
Uma nova queda na taxa básica de juros brasileira, que está
em 11,25%, na próxima reunião
do Copom (Comitê de Política
Monetária) poderá impulsionar ainda mais o mercado acionário doméstico.
O Copom fará sua reunião
periódica entre os dias 16 e 17
de outubro.
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