São Paulo, segunda-feira, 01 de outubro de 2007

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Reuniões de BCs dão o tom do mercado nesta semana

Declarações de dirigentes são aguardadas por investidores

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de os investidores não contarem com surpresas, as reuniões dos bancos centrais europeu e inglês estão no centro das atenções desta semana.
A expectativa predominante é a de que os bancos centrais irão manter sua taxas de juros inalteradas. Porém, mesmo que isso ocorra, comentários e declarações de dirigentes após os encontros podem mexer com os mercados financeiros. Os encontros para definir os juros básicos acontecerão na próxima quinta-feira.
O Fed (o banco central dos Estados Unidos) surpreendeu a maioria do mercado ao reduzir a taxa básica do país de 5,25% para 4,75% anuais no último dia 18 -decisão que deu novo alento às Bolsas de Valores, com muitas entrando em um movimento de recuperação das perdas desencadeadas pela crise no setor americano de crédito imobiliário de alto risco.
A agenda de indicadores econômicos programada para sair nos Estados Unidos nesta semana contará com números do setor imobiliário e do mercado de trabalho.
Epicentro das turbulências que passaram a sacudir o mercado financeiro global a partir da última semana de julho, os EUA estão, mais do que nunca, no foco de investidores e analistas mundiais.
A semana começa com a divulgação, hoje, de números do desempenho do setor manufatureiro dos Estados Unidos em setembro, medido pelo instituto ISM. Na quarta-feira, o mesmo instituto de pesquisas apresentará dados referentes ao setor de serviços na maior economia do mundo.
O resultado das solicitações de empréstimos hipotecários feitos pelos norte-americanos até 28 de setembro vai ser divulgado na quarta-feira.
Na semana passada, dados que mostraram quedas fortes nas vendas de casas, novas e usadas, acabaram sendo bem recebidos pelas Bolsas de Valores. Isso porque se a economia americana demonstrar sinais de fraqueza, o cenário pode levar o Fomc (o comitê do banco central americano que define os juros) a realizar mais um corte na taxa básica de juros em sua próxima reunião, que ocorrerá no fim do mês de outubro.
Provavelmente o resultado mais relevante da semana será o da taxa de desemprego e o da criação de vagas nos Estados Unidos, a ser conhecida na sexta -sendo esse um importante indicador do ritmo da economia norte-americana.

Agenda doméstica
No Brasil, os resultados dos índices de inflação de setembro devem ter impacto no desempenho do mercado.
Pressões inflacionárias recentes passaram a incomodar os analistas, com alguns prevendo a possibilidade de o processo de queda da taxa Selic ser interrompido.
Nesta semana, saem o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e o IGP-DI medido pela Fundação Getulio Vargas.
O mercado financeiro brasileiro conhecerá também, na quinta-feira, o resultado da produção industrial de agosto, a ser apresentado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na semana passada, o mercado brasileiro se mostrou bem animado. A Bolsa de Valores de São Paulo superou pela primeira vez os 61 mil pontos.
Uma nova queda na taxa básica de juros brasileira, que está em 11,25%, na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) poderá impulsionar ainda mais o mercado acionário doméstico.
O Copom fará sua reunião periódica entre os dias 16 e 17 de outubro.

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