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Aperto do crédito no mundo se intensifica
DA REDAÇÃO
Apesar da alta nas Bolsas
mundiais ontem, mesmo ainda
sem haver garantia de que o
Congresso norte-americano
aprove projeto de ajuda a instituições financeiras, a saúde da
economia e do sistema financeiro global continua sob risco.
O custo dos empréstimos de
um dia em dólares teve a maior
alta da história da taxa, intensificando o temor de insolvência
de mais instituições.
A taxa Libor (sigla em inglês
para London Interbank Offered Rate), que os bancos cobram entre si por esses empréstimos, subiu ontem 4,31
pontos percentuais, para
6,88%, o seu maior nível desde
o início do levantamento, em
2001. As instituições financeiras ainda continuam relutantes
em emprestar, apesar dos bilhões de dólares ofertados pelo
bancos centrais em todo o
mundo.
"O mercado de crédito de
curto prazo pararam de funcionar completamente", afirmou
Christoph Rieger, estrategista
de renda fixa do Dresdner
Kleinwort. "Não existe mais
mercado. Os bancos centrais
são os únicos fornecedores de
dinheiro para o mercado, ninguém mais está emprestando."
Os apertos no mercado de
crédito de curto prazo foram
intensificados pelo final do trimestre financeiro -que é um
período em que há uma demanda maior por fundos e em que
os bancos precisam equilibrar
seus balanços.
"A crise de confiança parece
estar absurdamente fora de
proporção, apesar dos fundamentos frágeis do sistema financeiro", diz Marco Annunziata, economista-chefe da
UniCredit. "Mas agora ela
ameaça se tornar em uma ação
que se autoconcretizou no sistema e que pode dar início ao
derretimento do sistema financeiro e econômico global."
Os mercados de crédito entraram em crise, empurrando
as instituições rumo à insolvência e obrigando os governos
americano e europeus a resgatarem cinco bancos nos últimos dois dias, entre eles o belgo-francês Dexia e o Wachovia.
As taxas dos mercados de
curto prazo subiram apesar de
o Fed (o banco central dos Estados Unidos) ter injetado anteontem mais US$ 620 bilhões
no sistema financeiro mundial,
em uma ação coordenada com
outros BCs para promover
maior liquidez nos mercado.
Os bancos tomaram empréstimos em dólares junto ao Banco Central Europeu (BCE) a taxas quase seis vezes superiores
à taxa básica de juros do Fed
praticada ontem.
Com Bloomberg e "Financial Times"
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