São Paulo, sábado, 01 de novembro de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

DA CANA AOS GRÃOS 1
O produtor de cana, pela segunda safra consecutiva, não vê os preços recebidos pela matéria-prima cobrirem os custos de produção. Neste ano, para um preço recebido de R$ 35 por tonelada de cana, os custos giram em torno de R$ 50 a R$ 52, segundo Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste.

DA CANA AOS GRÃOS 2
Sem renda para uma renovação adequada do canavial, principalmente devido à aceleração dos preços dos fertilizantes, parte dos produtores pode voltar para os grãos, na avaliação do presidente da entidade. Soja seria uma das opções.

QUEDA MANTIDA
Fim de mês é período de as usinas fazerem caixa para as despesas mensais. Com isso, aumenta a oferta de produto no mercado, acentuando a queda. Nesta semana, o álcool hidratado caiu 3,85% nas usinas, para R$ 0,6838 por litro. Já o anidro recuou para R$ 0,8783, sem impostos. Os dados são do Cepea.

LEITE EM QUEDA
Os preços do leite voltaram a cair em outubro. Custos maiores e preços menores já levaram os produtores a pisar no freio e a reduzir o ritmo de oferta, que vinha com forte expansão no primeiro semestre. Em setembro, pela primeira vez nos últimos 17 meses, a captação foi menor do que em igual mês do ano anterior.

RENDA MENOR
Os dados de captação são do Cepea, que mostra que os preços recebidos pelos produtores em outubro, pelo leite entregue em setembro, recuaram 7,3% sobre o mês anterior. A média ponderada nacional (RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA) caiu para R$ 0,6096 por litro.

É CEDO
A intensidade da crise diminuiu, mas é cedo para avaliar se realmente está sendo controlada. Nas Bolsas, o café subiu na semana, mas no mercado físico brasileiro a valorização do real dificultou os negócios. A avaliação é dos técnicos do Escritório Carvalhaes, de Santos (SP).

EFEITO BRASIL 1
As boas condições que a agricultura brasileira vinha registrando ajudaram a impulsionar o lucro da multinacional Agco, do setor de máquinas e implementos agrícolas. No trimestre terminado em setembro, o lucro líquido da empresa foi de US$ 103 milhões, 34% mais do que em igual período de 2007.

EFEITO BRASIL 2
Os números de vendas mostram a boa presença da América Latina, onde o Brasil tem participação importante. As vendas totais da Agco somaram US$ 6,3 bilhões até setembro, 45% a mais do que em igual período de 2007. Na América Latina, subiram 57%, para US$ 1,2 bilhão, no período.


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