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Falta de obras derruba taxa de investimento, aponta o BNDES
Aportes para a área de construção estão abaixo da média mundial, diz estudo
SAMANTHA LIMA
DA SUCURSAL DO RIO
A limitada oferta de crédito
imobiliário e a queda dos investimentos públicos em infraestrutura são responsáveis pela
baixa taxa de investimentos
produtivos na economia brasileira. Nesse indicador, o país
está pior do que as médias
mundiais e dos emergentes,
aponta estudo da área de pesquisas econômicas do BNDES.
O indicador é importante
porque aponta a capacidade da
economia de crescer nos próximos anos, com base em investimentos já realizados em construção e na aquisição de máquinas e equipamentos.
Um ranking elaborado pelo
banco mostra que os 16,4% de
taxa de investimento do Brasil
em relação ao PIB o deixa muito atrás dos 42,8% da China,
dos 21,6% da média mundial e
dos 19,2% dos EUA.
A análise tem como base dados de 2006, devido à dificuldade de comparação com outros
países. Mas, segundo o banco,
não houve mudança significativa, já que, em 2008, a taxa de investimento do país foi de 19%, o
que ainda o deixa entre os que
menos investem. Também não
considera os efeitos da crise.
"A razão para a taxa de investimento no Brasil se situar
abaixo da média mundial está
no reduzido valor dos dispêndios em construção", aponta o
estudo. Os técnicos observaram que a tendência de investir
proporcionalmente mais em
máquinas e menos em construção acentuou-se nos últimos
dez anos.
Eles relativizam, porém, a
condição de "lanterna" do Brasil no grupo analisado. Isso porque, segundo eles, o Brasil tem
uma "produtividade dos investimentos" superior à média
-ou seja, esse tipo de investimento é capaz de gerar mais
crescimento na economia.
O economista Istvan Kasznar, da Fundação Getulio Vargas, avalia de forma diferente.
"Indicadores internacionais
mostram que a produtividade
do investimento no país vai
mal, na comparação com outros países."
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