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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Para empresários, 2008 será bom ano, mas menos pujante que 2007
É consenso entre empresários: 2008 deverá ser um bom
ano, alavancado sobretudo pelo
crescimento de 2007, porém,
menos pujante.
Garantidas por contratos de
longo prazo, empresas de bens
de consumo duráveis, por
exemplo, esperam atravessar
com certa facilidade um possível tropeço da economia, causado pela retração nos Estados
Unidos, e continuar trabalhando com o horizonte de crescimento sustentável.
"Nossa carteira de encomendas está completa para os próximos dois anos", afirma Marcelo Taparelli, diretor-superintendente da Sermatec, fabricante de máquinas para usinas
de açúcar. Empresa do grupo
Biagi, a Sermatec tem R$ 2,6 bilhões de pedidos em carteira,
para os próximos dois anos.
"Como nossa carteira até 2010
está quase tomada, estamos estudando investimentos em expansão", diz Taparelli.
Outro setor bastante aquecido, o da construção civil, também tem visão parecida à do de
bens de capital. João Claudio
Robusti, presidente do Sinduscon (Sindicato da Construção
Civil) afirma que só mesmo
"uma hecatombe pode parar o
crescimento do setor" e, mesmo assim, apenas no quarto trimestre.
"No nosso setor parar é tão
difícil quanto começar", diz Robusti. "Uma vez tomada a decisão de investimento, ela só termina com a obra pronta."
Na área de bens de consumo
também há boas expectativas
para 2008, mas por motivos diferentes. Como a venda dos
produtos de massa é atrelada à
renda disponível -e essa está
crescendo- as empresas contam com bons resultados no
primeiro semestre.
"O setor de bebidas acompanha o crescimento do PIB do
ano anterior", diz Paulo Macedo, diretor de relações externas
da Femsa Mercosul. "Assim,
2008 refletirá o PIB maior de
2007."
Sua maior preocupação diz
respeito às medidas que o governo tomará para repor a arrecadação perdida com o fim da
CPMF. Isso porque o setor de
bebidas alcoólicas costuma ser
dos mais atingidos, quando há
necessidade de aumento de arrecadação.
"Se houver mesmo o fim da
CPMF, o repasse para o consumidor será automático porque
o setor é muito competitivo",
diz Macedo. "Diminuirá a participação do governo no preço
do produto."
Nildemar Secches, presidente da Perdigão, espera que a não
aprovação da CPMF seja o motor para os governos federal e
estaduais voltarem à discussão
da reforma tributária.
"A economia em 2008 deverá
ter um bom ritmo e será o momento ideal de discussão da reforma tributária", afirma Secches.
Rede nacional de naturais planeja expansão européia
A Mundo Verde, rede de
franquias de produtos naturais e orgânicos, desembarca
em Portugal neste ano com
planos de abrir pelo menos
30 lojas até 2018.
A primeira unidade será
inaugurada em abril, na cidade do Porto.
A idéia é que Portugal seja
a porta de entrada para o
mercado europeu, por meio
da Organic Life, seu braço
exportador. Os próximos alvos serão Espanha, França e
Inglaterra.
Com 20 anos, a rede tem
franquias em mais de 12 capitais brasileiras e começou,
neste ano, a expansão pelo
Nordeste.
NA MÃO
A nova aposta de Bia Duarte, da B Licenças Poéticas, gestora da marca do artista plástico Romero Brito, são os designers Kiko Sobrino e Alessandro Jordão, do Mãos Contemporary Art. Especializada em licenciamento e uso de imagem, a
agente passa agora a prospectar novos negócios para a marca Mãos, da dupla, conhecida na Europa principalmente pelo trabalho com mobiliário. Uma das idéias é desenvolver linhas específicas de design para grandes lojas na Europa e
nos EUA. "Mas nada impede que aconteça algo semelhante
no Brasil", afirma Duarte.
DANÇA DA RENDA
As classes A e B tiveram redução de renda na Grande São Paulo, no Grande Rio e no Sul do país, segundo a empresa de pesquisas Latin Panel. Já no Centro-Oeste e no interior de São Paulo a renda dessas pessoas, que representam 23% da população brasileira, teve um salto. Entre os motivos está o aumento no preço dos produtos agrícolas, em função da maior demanda mundial.
VERÃO
Em janeiro, a Coca-Cola, a
Avon Sun, a C&A, a Sol e a
Petrobras serão as patrocinadoras de um evento organizado pela RBS, em Florianópolis, o Floripa Tem, com
atrações musicais, esportivas e gastronômicas. Durante a temporada de 2007, Florianópolis recebeu, nas férias, 780 mil turistas, quase
o dobro de sua população.
RESTAURO
A OHL Brasil vai patrocinar o restauro de duas telas
do pintor Benedito Calixto, parte de um acervo de 13 telas datadas de 1923 a 1927 e
expostas na Igreja Matriz de São João Batista, em Bocaina (SP). As telas foram encomendadas em 1920 pelo cônego José Mendes de Abreu. O último trabalho de recuperação foi nos anos 1970.
NA LISTA
O TeleListas.net, portal de
buscas por serviços, produtos e pessoas, registrou alta
no número de acessos ao site
três vezes superior ao número de usuários ativos de internet no país. O crescimento nas buscas foi de 154% contra 49% dos usuários. O
grupo, que é 100% nacional,
existe há 13 anos.
TECIDOS
De acordo com pesquisa
realizada pelo Sindicato do
Comércio Atacadista de Tecidos de São Paulo, em dezembro do ano passado, o
setor teve crescimento de
8% nas vendas de produtos
de cama, mesa e banho naquele mês em relação ao registrado no mesmo período
de 2006.
ENERGIA
A carga de energia elétrica
do SIN (Sistema Interligado
Nacional) cresceu 4,7% no
ano passado em relação a
2006, de acordo com dados
do ONS (Operador Nacional
do Sistema Elétrico). O percentual foi inferior ao crescimento esperado do PIB, de
5,1%. Entre os motivos para
o crescimento menor, segundo o operador, está o aumento da auto-geração e a
maior participação do setor
de serviços, menos intensivo
no consumo de energia.
POPULAR
Em dez dias, a incorporadora Bairro Novo, joint venture entre Gafisa e Odebrecht, vendeu 83% das 464
unidades da primeira fase do
empreendimento Bairro
Novo Cotia, voltado para um
público com renda mensal
de quatro a dez salários mínimos. O projeto prevê
2.386 unidades. A Bairro
Novo é especializada no desenvolvimento de comunidades planejadas em larga
escala com base no modelo
mexicano de construção.
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