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Alta da soja freia programa para óleo vegetal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Anunciado em maio de 2006
como uma das soluções para
reduzir a dependência do Brasil
em relação ao diesel importado, o H-Bio (uso de óleo vegetal
para produção de diesel) não
decolou. Em junho de 2006, a
Petrobras chegou a estimar
uma economia de US$ 240 milhões para este ano, com redução de 25% na importação de
diesel. O programa, porém, está
parado desde agosto de 2007.
Naquele mês, a Petrobras decidiu suspender a produção de
H-Bio por causa da alta do preço do óleo de soja, usado no
processo. A Petrobras explicou
na ocasião que, com o patamar
atual do preço do óleo de soja,
não vale a pena usá-lo no processo de produção do diesel.
O H-Bio leva pelo menos 10%
de óleo vegetal (de soja, principalmente) em sua composição.
A estatal informou que a produção de H-Bio está eventual,
de acordo com a cotação do
óleo de soja.
Em maio de 2006, quando o
governo anunciou o programa,
o óleo de soja estava cotado a
US$ 203,32 por tonelada, de
acordo com o Cepea (Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP). Em novembro de 2007, o preço estava
em US$ 385,57, o que significou
aumento de 89,64%.
Em nota, a Petrobras informou que o mercado de óleo vegetal para os biocombustíveis,
"particularmente, o de óleo de
soja, por ser um mercado novo,
passa por um momento de
ajuste natural entre oferta e demanda e apresenta, de forma
conjuntural, preços desfavoráveis ao processamento [do H-Bio]". Para a estatal, a suspensão da produção "não representa nenhum tipo de perda para a
companhia".
A empresa informa que tem
possibilidade de operar com
óleo vegetal "por oportunidade", ou seja, quando os preços
estiverem baixos, e que pode
trabalhar com outros tipos de
óleo vegetal, que não o de soja.
Segundo o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, podem ser usados dendê
(palma), mamona, girassol, babaçu, amendoim e pinhão manso, entre outros. A gordura animal também serve ao processamento de biodiesel.
A estatal informou ainda que
alcançou a meta de 256 milhões
de litros por ano como capacidade de processamento do H-Bio. Neste ano, a empresa fará
testes industriais em mais três
refinarias e deverá ampliar a
capacidade de processamento.
O processo mais utilizado na
produção de biodiesel é a transesterificação, que provoca reação química dos óleos vegetais
ou gorduras animais com o álcool comum ou o metanol.
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