São Paulo, sexta-feira, 02 de março de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Estrangeiros tiraram na terça R$ 222,5 mi da Bolsa

Venda de ações foi o dobro do normal, em dia em que a Bovespa recuou 6,63%

Ontem, Bolsa paulista chegou a cair 4,23%, mas se recuperou após divulgação de dados americanos e fechou em baixa de 0,86%


DA REPORTAGEM LOCAL

A nervosa terça-feira teve como resultado uma saída líquida de R$ 222,5 milhões em recursos estrangeiros da Bovespa. Naquele pregão, os estrangeiros venderam R$ 2,105 bilhões em ações de companhias brasileiras -quase o dobro de um dia normal.
O balanço só não foi pior porque esses investidores compraram R$ 1,882 bilhão em papéis no dia.
A Bolsa de Valores de São Paulo viveu na terça-feira seu pior pregão -registrou desvalorização de 6,63%- desde a semana dos atentados de 11 de setembro de 2001.
O aumento no volume de vendas feitas pelos estrangeiros fez com que o saldo positivo do mês encolhesse.
Até segunda feira, o balanço mensal das operações dos estrangeiros na Bovespa apontava resultado líquido positivo de R$ 821,73 milhões. Na terça, essa cifra havia recuado para R$ 599,25 milhões.
Os estrangeiros têm sido responsáveis por cerca de 35% das operações feitas na Bolsa brasileira, sendo a categoria de maior peso.
Ontem, o índice Ibovespa viveu momentos de muita oscilação e fechou com queda de 0,86%. Na primeira hora de pregão, a Bolsa teve seu pior desempenho e chegou a registrar queda de 4,23%.
Na semana, a Bovespa acumula desvalorização de 5,43%.
Nos últimos três pregões, a Bolsa paulista movimentou cerca de R$ 4,73 bilhões por dia -valor 35% superior à média registrada neste ano. Isso mostra o quanto esses pregões têm sido agitados.
O mercado brasileiro abriu ontem repercutindo mais um dia ruim nas Bolsas asiáticas.
O dia só não foi pior porque os EUA apresentaram dados econômicos que foram bem recebidos.
"O mercado segue muito sensível aos dados da economia norte-americana. Apesar das discussões sobre a China, foram os dados americanos que dominam as atenções", diz Alexandre Maia, economista-chefe da GAP Asset Management.
"Os mercados devem levar um tempo para conseguir voltar aos níveis recordes que vinha operando nos últimos dias", afirma.
Nem a maior instabilidade do mercado nem a atuação do Banco Central, que não deixou de comprar dólares das instituições financeiras, foram suficientes para fazer com que o dólar tivesse alta.
A moeda terminou as operações de ontem vendida a R$ 2,118, com recuo de 0,14% diante do real. No ano, o dólar registra queda de 0,89%.
(FABRICIO VIEIRA)


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Indicador de atividade industrial dos EUA é recebido com otimismo pelo mercado
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.