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Estrangeiros tiraram na terça R$ 222,5 mi da Bolsa
Venda de ações foi o dobro do normal, em dia em que a Bovespa recuou 6,63%
Ontem, Bolsa paulista chegou a cair 4,23%, mas se recuperou após divulgação
de dados americanos e
fechou em baixa de 0,86%
DA REPORTAGEM LOCAL
A nervosa terça-feira teve como resultado uma saída líquida
de R$ 222,5 milhões em recursos estrangeiros da Bovespa.
Naquele pregão, os estrangeiros venderam R$ 2,105 bilhões
em ações de companhias brasileiras -quase o dobro de um
dia normal.
O balanço só não foi pior porque esses investidores compraram R$ 1,882 bilhão em papéis
no dia.
A Bolsa de Valores de São
Paulo viveu na terça-feira seu
pior pregão -registrou desvalorização de 6,63%- desde a
semana dos atentados de 11 de
setembro de 2001.
O aumento no volume de
vendas feitas pelos estrangeiros fez com que o saldo positivo
do mês encolhesse.
Até segunda feira, o balanço
mensal das operações dos estrangeiros na Bovespa apontava resultado líquido positivo de
R$ 821,73 milhões. Na terça, essa cifra havia recuado para R$
599,25 milhões.
Os estrangeiros têm sido responsáveis por cerca de 35% das
operações feitas na Bolsa brasileira, sendo a categoria de
maior peso.
Ontem, o índice Ibovespa viveu momentos de muita oscilação e fechou com queda de
0,86%. Na primeira hora de
pregão, a Bolsa teve seu pior desempenho e chegou a registrar
queda de 4,23%.
Na semana, a Bovespa acumula desvalorização de 5,43%.
Nos últimos três pregões, a
Bolsa paulista movimentou
cerca de R$ 4,73 bilhões por dia
-valor 35% superior à média
registrada neste ano. Isso mostra o quanto esses pregões têm
sido agitados.
O mercado brasileiro abriu
ontem repercutindo mais um
dia ruim nas Bolsas asiáticas.
O dia só não foi pior porque
os EUA apresentaram dados
econômicos que foram bem recebidos.
"O mercado segue muito sensível aos dados da economia
norte-americana. Apesar das
discussões sobre a China, foram os dados americanos que
dominam as atenções", diz Alexandre Maia, economista-chefe da GAP Asset Management.
"Os mercados devem levar
um tempo para conseguir voltar aos níveis recordes que vinha operando nos últimos
dias", afirma.
Nem a maior instabilidade
do mercado nem a atuação do
Banco Central, que não deixou
de comprar dólares das instituições financeiras, foram suficientes para fazer com que o
dólar tivesse alta.
A moeda terminou as operações de ontem vendida a R$
2,118, com recuo de 0,14% diante do real. No ano, o dólar registra queda de 0,89%.
(FABRICIO VIEIRA)
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