|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BALANÇA COMERCIAL
Em fevereiro, exportação supera importação em US$ 2,9 bilhões
NEY HAYASHI DA CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após queda em janeiro, o
saldo da balança comercial
voltou a subir no mês passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento.
Em fevereiro, as exportações
superaram as importações
em US$ 2,878 bilhões -valor
2,8% maior que em fevereiro
de 2006. A alta foi suficiente
para fazer do superávit do
mês passado o mais elevado
para um mês de fevereiro.
Mas o saldo acumulado no
primeiro bimestre deste ano
foi menor do que no ano passado: US$ 5,369 bilhões em
2007, contra US$ 5,620 bilhões em 2006.
Segundo análises de economistas do setor privado, os
números observados até agora indicam que a balança comercial deve, neste ano, ter
desempenho semelhante ao
de 2006. Nas contas do Unibanco, o superávit de 2007
deve ficar em US$ 45,5 bilhões. O Iedi (Instituto de
Estudos para o Desenvolvimento Industrial) fala em
US$ 44 bilhões.
No ano passado, o superávit foi de US$ 46 bilhões. "O
desempenho comercial brasileiro não será mais favorável do que no ano anterior,
mas ainda não há indicação
segura de que esse desempenho será significativamente
pior", diz relatório do Iedi.
Confirmada as projeções,
o comércio exterior poderia
ajudar a manter o fluxo de
capital externo para o Brasil
num ano que pode ser marcado por turbulências no cenário internacional -como
indica o nervosismo dos
mercados financeiros.
Já a manutenção do saldo
comercial nos níveis próximos dos de 2006 pode frustrar aqueles que contam com
um aumento mais forte das
importações para conter a
queda do dólar. A valorização
do real é apontada como um
dos responsáveis pelo baixo
crescimento da economia no
ano passado.
Ao divulgar os números da
balança em fevereiro, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Armando Meziat, disse que "a taxa de
câmbio continua num nível
abaixo do que se gostaria".
Apesar disso, afirmou que a
expectativa é que, ao contrário do mês passado, o saldo
da balança comercial comece
a se reduzir gradualmente
até o final do ano.
O secretário não falou em
projeções para o superávit
deste ano, mas disse que,
mesmo com o aumento esperado das importações, as
exportações continuarão a
crescer. A meta do governo é
fazer com que as vendas para
o exterior cheguem a US$
152 bilhões -foram US$ 137
bilhões no ano passado.
Para estimular essas vendas, Meziat disse que o governo prepara algumas medidas. Entre elas, uma missão composta por membros
do governo e do setor privado que devem embarcar para
a China até o final do primeiro semestre deste ano.
O objetivo é tentar abrir o
mercado local para produtos
industrializados brasileiros
-hoje, as exportações brasileiras são principalmente soja e minério de ferro.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Lei Cambial: Empresas têm regra para deixar recursos lá fora Índice
|