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AmBev lucra mais e leva InBev a ser 1ª do mundo
Empresa belgo-brasileira supera rival dos EUA em vendas líquidas
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A AmBev, maior cervejaria
do país, lucrou R$ 2,8 bilhões
em 2006, montante 81,5% superior ao registrado em 2005,
informou ontem a companhia.
As vendas líquidas subiram
10,4% e atingiram R$ 17,6 bilhões. O desempenho positivo
refletiu-se diretamente nos resultados da InBev, grupo belga-brasileiro dono da AmBev. A
InBev se tornou a maior companhia cervejeira do mundo
em vendas líquidas. Até então,
a empresa era líder em volume
de produção.
Pelos dados, a InBev registrou vendas líquidas de 13,3
bilhões em 2006 -alta de 7,9%
em relação a 2005-, o equivalente a cerca de US$ 17,6 bilhões (com base no câmbio do
último dia de 2006). A Anheuser-Bush, multinacional norte-americana dona da marca Budweiser, fechou o ano com receita líquida de US$ 15,7 bilhões
-inferior, portanto, à da concorrente belgo-brasileira.
Nas últimas semanas, aumentaram rumores de fusão
entre as duas multinacionais
-especulação não comentada
pelas duas partes.
Em termos de volume de
produção, a posição se mantém: a InBev produziu 211,5
milhões de hectolitros de cerveja em 2006 (cada hectolitro
equivale a um litro), o que lhe
dá a liderança mundial. Já a
norte-americana colocou no
mercado 125 milhões de barris
de cerveja, correspondente a
204 milhões de hectolitros da
bebida -menos do que o fabricado pela concorrente.
Analistas como Marcio Kawassaki, da Fator Corretora,
disseram ontem que os resultados da AmBev no Brasil superaram as expectativas do mercado. Para a empresa, o resultado foi "muito satisfatório".
A receita obtida por hectolitro de cerveja subiu 4,6%, resultado de reajustes no preço
da bebida em 2005 e do crescimento na venda de marcas de
preço mais elevado. No caso
dos refrigerantes, aumentos
escalonados nos preços em
2006 também repercutiram no
aumento da receita por hectolitro, informa o balanço.
Ao mesmo tempo em que o
grupo tenta expandir suas vendas no exterior -por meio da
Brahma-, cresceu a participação do Brasil nas vendas totais
da AmBev. Do valor faturado
entre setembro e dezembro,
62,8% vieram do Brasil -contra 52% no ano anterior-e
17,6% da América do Norte
(atingiu 25% em 2006).
A empresa de bebidas Molson Coors saiu do Brasil de forma definitiva: vendeu os 15%
de participação na Kaiser à mexicana Femsa -dona de 68%
da empresa- por US$ 16 milhões. A Molson informou várias vezes em balanços que registrava desempenhos abaixo
do esperado no país.
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