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outro lado
Governo afirma que pendências serão reduzidas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O grande volume de obras
autorizadas nos últimos dois
meses do ano passado, problemas nos projetos e até as
chuvas foram apontados no
governo como principais responsáveis pelos R$ 17,4 bilhões de contas pendentes
registradas pelo PAC no início de 2009.
Segundo a Casa Civil, que
coordena o programa, a conta deverá ser reduzida em
2010, último ano da gestão
Lula, depois de ter triplicado
no intervalo de um ano.
"Considerando que a
maior parte dos projetos do
PAC está deixando a fase de
ações preparatórias e o ritmo
de obras tem crescido substancialmente, acreditamos
que a execução se acelerará
ainda mais do que já ocorreu
de 2007 para 2008, quando o
pagamento de obras do PAC
cresceu 40%. Com isso, naturalmente haverá redução
dos restos a pagar", informou a assessoria da ministra
Dilma Rousseff. Os pagamentos serão feitos "na medida em que as obras sejam
executadas e aferidas as medições correspondentes."
O diretor-geral do Dnit
(Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot, calcula que o volume de contas
pendentes do órgão acumuladas desde 2006 supere os
R$ 6,8 bilhões registrados no
Siafi nas vésperas do Carnaval. O Dnit, que concentra a
maior fatia de investimentos
do PAC, é também recordista
em matéria de faturas em
aberto.
"Obras em atraso representam a grande maioria.
Muitos desses projetos tiveram de ser revistos. Há vários motivos para o atraso,
principalmente climáticos",
disse Pagot, que há poucos
dias criticou o que classificou
de "corpo-mole" de empreiteiras e até ameaçou romper
contratos. Segundo Pagot, o
objetivo é quitar as contas
passadas e avançar em 70%
dos investimentos previstos
pelo PAC para 2009.
Em coro com essa expectativa, o Ministério das Cidades -com R$ 3,9 bilhões de
contas pendentes- afirmou
que não haverá restrição de
dinheiro para os contratos
do Programa de Aceleração
do Crescimento, já que grande parte das obras da pasta
foi classificada como despesa
obrigatória.
O Ministério da Integração, com R$ 3,3 bilhões de
contas pendentes, espera
que o governo aumente o limite de gastos da Esplanada
acima do valor autorizado
pela lei orçamentária de
2009, de forma a honrar as
contas pendentes e fazer novos investimentos. Isso seria
um fato inédito na história
da administração pública. O
Tesouro Nacional não respondeu à Folha se essa possibilidade realmente existe.
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