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BTG Pactual adquire parte do capital da Mitsubishi no Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
Maior banco de investimento brasileiro, o BTG Pactual
comprou uma participação na
Mitsubishi Motors do Brasil,
empresa 100% nacional que licencia a marca da montadora
japonesa no país desde 1990.
O banco não revelou a participação adquirida nem o valor
do negócio, mas a Folha apurou que se trata de uma fatia de
20% que poderá ser elevada para 50%, dependendo da avaliação da empresa. A negociação
demorou cinco meses.
O negócio marca a entrada
dos bancos de investimentos
no setor automotivo no país,
dominado pelas montadoras
americanas e europeias, mas
que começa a perder espaço
para marcas asiáticas, como
Hyundai e Mitsubishi.
Segundo Carlos Fonseca, sócio do Pactual, a participação
na Mitsubishi será minoritária.
O banco de investimentos não
pretende se desfazer do negócio após "organizar" a gestão e
melhorar sua participação de
mercado, como fazem as áreas
de "private equity" [participação em empresas fechadas] ao
vender a empresa comprada a
concorrentes ou abrir capital.
A Mitsubishi brasileira passará por um processo de profissionalização, com o objetivo de
facilitar a captação de recursos
e a entrada de investidores do
mercado. De cara, a montadora, que tem o empresário
Eduardo Souza Ramos como
sócio-fundador, passará a ter
um conselho formal de administração, com um membro indicado por cada lado e que será
responsável por defender os interesses dos acionistas.
No país, a Mitsubishi opera
uma fábrica em Catalão (GO),
onde produz cinco modelos,
entre eles o utilitário Pajero.
No segmento de comerciais leves, a montadora fechou 2009
na sétima posição, com 5,88%
de participação de mercado.
Desde que recomprou o Pactual do suíço UBS, em abril do
ano passado, o banqueiro André Esteves participou de alguns dos principais negócios
do setor corporativo brasileiro.
O grupo BTG Pactual comprou
o que restava do americano
Lehman Brothers no Brasil, a
rede de postos de gasolina Via
Brasil e Aster, a rede de farmácias Farmais e 50% dos estacionamentos Estapar, entre outros negócios.
(TONI SCIARRETTA e PAULO DE ARAUJO)
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