São Paulo, quinta-feira, 02 de maio de 2002

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ARGENTINA

Lavagna define novos nomes da Economia

JOÃO SANDRINI
DE BUENOS AIRES

Cinco dias após tomar posse, o novo ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, definiu seus assessores. A nova equipe econômica é basicamente formada por nomes pouco conhecidos dos argentinos. A maioria dos assessores é de funcionários do Ministério da Economia ou de homens de confiança de Lavagna.
O ministro teve dificuldades em atrair nomes de peso para sua equipe devido à instabilidade política do país e aos baixos salários pagos no setor público.
O escolhido para o cargo de vice-ministro da Economia foi Enrique Devoto, que se especializou na área de energia e trabalhou com Lavagna durante o governo de Alfonsín. O novo secretário das Finanças será Jorge Sarghini, que já trabalhava no ministério como secretário de Comunicação durante a gestão de Jorge Remes Lenicov. Outro que já estava no ministério e apenas foi remanejado é o novo secretário de Finanças, Guillermo Nielsen.
O único membro da equipe que foi escolhido por critérios políticos é Alberto Coto, um deputado peronista que terá como missão melhorar o diálogo do ministério com o Congresso para aprovar os projetos exigidos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). Esse foi um dos pontos fracos da gestão Lenicov.

Dia do Trabalho
Os atos de comemoração do Dia do Trabalho na Argentina se transformaram em protestos contra a pobreza e o desemprego. Em Buenos Aires, a manifestação reuniu centenas de pessoas na praça de Maio. No início da tarde, um grupo de estudantes e desempregados que se dirigia à praça depredou vários prédios.
Já o presidente Eduardo Duhalde fez discurso na sede campestre do sindicato gastronômico, na Grande Buenos Aires. Duhalde pediu o apoio da comunidade internacional e lembrou que a Argentina ajudou Brasil, México, Chile e Europa a sair de crises no passado.
Antes, o presidente realizou uma reunião ministerial na Casa Rosada. O chefe de Gabinete, Jorge Capitanich, disse que o governo não vai apoiar o projeto parlamentar de elevar os salários em cerca de 20%. Esse percentual reflete a inflação nos quatro primeiros meses do ano, segundo o Indec (o IBGE local).



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