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ARGENTINA
Lavagna define novos nomes da Economia
JOÃO SANDRINI
DE BUENOS AIRES
Cinco dias após tomar posse, o
novo ministro da Economia da
Argentina, Roberto Lavagna, definiu seus assessores. A nova equipe econômica é basicamente formada por nomes pouco conhecidos dos argentinos. A maioria dos
assessores é de funcionários do
Ministério da Economia ou de
homens de confiança de Lavagna.
O ministro teve dificuldades em
atrair nomes de peso para sua
equipe devido à instabilidade política do país e aos baixos salários
pagos no setor público.
O escolhido para o cargo de vice-ministro da Economia foi
Enrique Devoto, que se especializou na área de energia e trabalhou
com Lavagna durante o governo
de Alfonsín. O novo secretário
das Finanças será Jorge Sarghini,
que já trabalhava no ministério
como secretário de Comunicação
durante a gestão de Jorge Remes
Lenicov. Outro que já estava no
ministério e apenas foi remanejado é o novo secretário de Finanças, Guillermo Nielsen.
O único membro da equipe que
foi escolhido por critérios políticos é Alberto Coto, um deputado
peronista que terá como missão
melhorar o diálogo do ministério
com o Congresso para aprovar os
projetos exigidos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional). Esse foi um dos pontos fracos da
gestão Lenicov.
Dia do Trabalho
Os atos de comemoração do Dia
do Trabalho na Argentina se
transformaram em protestos
contra a pobreza e o desemprego.
Em Buenos Aires, a manifestação
reuniu centenas de pessoas na
praça de Maio. No início da tarde,
um grupo de estudantes e desempregados que se dirigia à praça
depredou vários prédios.
Já o presidente Eduardo Duhalde fez discurso na sede campestre
do sindicato gastronômico, na
Grande Buenos Aires. Duhalde
pediu o apoio da comunidade internacional e lembrou que a Argentina ajudou Brasil, México,
Chile e Europa a sair de crises no
passado.
Antes, o presidente realizou
uma reunião ministerial na Casa
Rosada. O chefe de Gabinete, Jorge Capitanich, disse que o governo não vai apoiar o projeto parlamentar de elevar os salários em
cerca de 20%. Esse percentual reflete a inflação nos quatro primeiros meses do ano, segundo o Indec (o IBGE local).
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