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São Paulo, sexta-feira, 02 de maio de 2003

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MEMÓRIA

Tradição começou nos EUA com morte de trabalhadores

DA REDAÇÃO

A tradição de comemoração do 1º de maio começou em 1886, quando cinco operários norte-americanos foram condenados à morte pela forca após protestos reivindicando uma jornada de oito horas diárias, numa época em que eles trabalhavam até 14 horas por dia.
Ou melhor, tudo começou dois anos antes, quando a Federação das Organizações Sindicais daquele país estabeleceu a jornada de oito horas como objetivo dos trabalhadores.
Com esse intuito, cerca de 100 mil operários entraram em greve em Chicago em 1º de maio de 1886. Os industriais reagiram contratando mão-de-obra avulsa, impedida de entrar nas fábricas pelos grevistas.
No dia 3 de maio, a polícia foi chamada para colocar fim ao tumulto. Saldo final: seis trabalhadores mortos. No dia seguinte, a explosão de uma bomba matou sete policiais e feriu centenas de pessoas.
Apesar da falta de provas quanto à autoria do atentado, os líderes do movimento foram presos, quatro foram condenados à morte e enforcados, um suicidou-se na prisão e três pegaram prisão perpétua.
A data de 1º de maio passou, então, a ser encarada como o dia internacional de luto e de luta dos trabalhadores. No entanto os EUA, de onde eram os líderes sindicais que deram origem a tudo, comemoram o dia do trabalho em setembro.
No Brasil, a primeira manifestação do gênero ocorreu em 1895, com o mesmo objetivo: jornada de trabalho de oito horas diárias.
O feriado nacional do 1º de Maio foi estabelecido décadas mais tarde, por Getúlio Vargas.


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