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Governo aceita fim de "direitos trabalhistas"
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro Jaques Wagner
(Trabalho) admitiu ontem indiretamente que o governo aceitará o
fim de alguns dos chamados direitos trabalhistas na reforma que
encaminhará para o setor desde
que haja acordo entre trabalhadores e empresários sobre o assunto.
"Hoje um trabalhador recebe
salário, 13º salário, férias. É um salário direto mais outras formas de
salário indireto. Se decidirem pagar tudo na forma de salário, é um
decisão entre trabalhador e empresário", disse ele, que ontem
participou da missa do trabalhador em São Bernardo do Campo
(ABC paulita) ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro afirmou que assumiu o compromisso com Lula de
apresentar um projeto para a reforma trabalhista até o final do
ano e defendeu a necessidade de
uma legislação mais transparente
para a área.
Sobre o adiamento do projeto
Primeiro Emprego, cujo lançamento chegou a ser anunciado
para o Dia do Trabalho, declarou
estar em negociação com o Banco
Mundial para a obtenção de créditos. "Fizemos uma teleconferência com eles e está dependendo do volume de dinheiro que teremos", afirmou.
Missa em Belo Horizonte
Em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, a tradicional Missa do Trabalhador e
Trabalhadora, em sua 27ª edição,
pretendia chamar a atenção para
as dificuldades causadas pelo desemprego no país, mas o que prevaleceu foi o tom de oposição à reforma da Previdência, entregue
anteontem ao Congresso.
Colaborou a Agência Folha
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