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São Paulo, sexta-feira, 02 de maio de 2003

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Governo aceita fim de "direitos trabalhistas"

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro Jaques Wagner (Trabalho) admitiu ontem indiretamente que o governo aceitará o fim de alguns dos chamados direitos trabalhistas na reforma que encaminhará para o setor desde que haja acordo entre trabalhadores e empresários sobre o assunto.
"Hoje um trabalhador recebe salário, 13º salário, férias. É um salário direto mais outras formas de salário indireto. Se decidirem pagar tudo na forma de salário, é um decisão entre trabalhador e empresário", disse ele, que ontem participou da missa do trabalhador em São Bernardo do Campo (ABC paulita) ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro afirmou que assumiu o compromisso com Lula de apresentar um projeto para a reforma trabalhista até o final do ano e defendeu a necessidade de uma legislação mais transparente para a área.
Sobre o adiamento do projeto Primeiro Emprego, cujo lançamento chegou a ser anunciado para o Dia do Trabalho, declarou estar em negociação com o Banco Mundial para a obtenção de créditos. "Fizemos uma teleconferência com eles e está dependendo do volume de dinheiro que teremos", afirmou.

Missa em Belo Horizonte
Em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, a tradicional Missa do Trabalhador e Trabalhadora, em sua 27ª edição, pretendia chamar a atenção para as dificuldades causadas pelo desemprego no país, mas o que prevaleceu foi o tom de oposição à reforma da Previdência, entregue anteontem ao Congresso.


Colaborou a Agência Folha


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