São Paulo, sábado, 02 de maio de 2009

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Confiança nos EUA tem maior alta em sete meses

Indicador de universidade registra a mais ampla elevação mensal desde outubro de 2006

Mas encomendas feitas à indústria do país caem em março pela sétima vez em oito meses, aponta o Departamento de Comércio


DA REUTERS
DA FOLHA ONLINE

Os consumidores norte-americanos estão mais confiantes na economia dos EUA. Segundo pesquisa da Universidade de Michigan, o índice de confiança subiu para 65,1 pontos em abril, ante 57,3 pontos registrados em março.
Trata-se do maior patamar desde a quebra do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008, e da maior alta mensal desde outubro de 2006.
A leitura de abril também marcou o primeiro aumento do indicador desde julho de 2007.
O índice que aponta a confiança nas condições econômicas atuais subiu para 68,3 no mês passado, ante 63,3 em março, a melhor leitura em quatro meses. O índice das expectativas do consumidor para o futuro subiu de 53,5 para 63,1, também o mais alto desde setembro de 2008.
"A melhora foi concentrada nas expectativas para o futuro, especialmente a longo prazo", afirmou Richard Curtin, diretor do estudo.
A maior parte do ganho da confiança pode estar ligada à avaliação favorável do pacote de estímulo do presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou Curtin. A pesquisa de Michigan apontou que 65% dos entrevistados avaliam que o plano vai melhorar a economia nacional.
Apesar do recuo de 6,1% no PIB (Produto Interno Bruto) do país no primeiro trimestre, o consumo das famílias cresceu 2,2% no período, após ter recuado 4,3% nos últimos três meses de 2008.
Os consumidores continuam a mostrar preocupação, porém, com os postos de trabalho: 53% disseram esperar que a taxa de desemprego nos EUA vá aumentar -ligeira melhora ante os 61% que responderam dessa forma no mês anterior.
A taxa geral de desemprego nos EUA em março ficou em 8,5%, a maior desde novembro de 1983, quando estava no mesmo patamar. Os dados de abril saem na próxima semana.
Em março, o número de pessoas desempregadas no país chegou a 13,2 milhões. Nos últimos 12 meses, o total de pessoas sem trabalho cresceu cerca de 5,3 milhões e a taxa de desemprego aumentou 3,4 pontos percentuais.
As encomendas feitas à indústria dos EUA caíram em março pela sétima vez em oito meses, apontou o Departamento de Comércio. Recuaram 0,9% em março, depois da leve alta de 0,7% verificada em fevereiro, dado que foi revisado.


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