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"Valor Econômico" completa dez anos com novos projetos
Iniciativa conjunta do Grupo Folha e das Organizações Globo, publicação tornou-se referência no jornalismo do país
Empresa que edita o jornal faturou R$ 166 mi no ano passado, expansão de 12% em relação a 2008; tiragem chega a 55 mil exemplares
DA REPORTAGEM LOCAL
O jornal "Valor Econômico",
investimento conjunto do Grupo Folha e das Organizações
Globo, completa hoje dez anos
como uma referência no jornalismo econômico no país.
Em sua primeira década de
existência, ganhou mais de 80
prêmios, incluindo dois Esso, o
mais tradicional do jornalismo.
Também fez história com furos de reportagem de grande
repercussão, como a entrevista,
no ano passado, do então diretor de política monetária do
Banco Central Mário Torós,
que revelou os bastidores da
atuação do BC durante a crise
econômica.
O presidente do Grupo Folha, Luiz Frias, declarou: "No
lançamento do jornal, muitos
duvidaram da possibilidade de
uma joint-venture entre Folha
e Globo dar certo. Nada como o
tempo para provar o contrário.
Construiu-se o melhor e mais
qualificado conteúdo de jornalismo econômico do país. Daqui para a frente, o desafio será
usufruir desse conteúdo de excelência em outras plataformas, como a digital."
Para o presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu
Marinho, "em um prazo muito
curto, o jornal ganhou o respeito do público, com um jornalismo ágil, analítico, independente e pluralista. Hoje é líder absoluto do setor, tendo se tornado fonte de informação de qualidade, um instrumento importante para os agentes econômicos na tomada de decisões".
"Sempre acreditamos que essas metas seriam alcançadas,
mas o tempo recorde com que
se chegou a esse patamar é a
prova do acerto do projeto e do
talento dos profissionais que
tornaram o jornal uma realidade. Nós, das Organizações Globo, temos muito orgulho desses
resultados e acredito que o
Grupo Folha compartilhe o
mesmo sentimento", diz Marinho.
Com uma tiragem diária de
55 mil exemplares, o "Valor"
surgiu a partir da expectativa
de que a expansão da Bolsa de
Valores impulsionaria o noticiário econômico. E foi o que
aconteceu. O valor de mercado
das empresas listadas na Bovespa saltou de R$ 441 bilhões
em 2000, ano em que o jornal
chegou às bancas, para R$ 2,3
trilhões no ano passado.
"O "Valor" testemunhou uma
época muito importante para a
economia brasileira", afirmou a
diretora de Redação, Vera
Brandimarte. "Quando o jornal
nasceu, havia um concorrente
fortíssimo, que era a "Gazeta
Mercantil". E logo em seguida
vieram a crise energética e a
turbulência do período eleitoral. Foram anos difíceis. Mas
depois veio um período de forte
crescimento. O jornal centrou
o foco no mercado acionário,
ampliando a cobertura de investimentos e de empresas."
Hoje a equipe de Redação é
formada por 145 profissionais,
entre jornalistas, fotógrafos e
diagramadores, e mudou muito
pouco desde que foi montada
pelo jornalista e então colunista da Folha Celso Pinto. "O
Celso foi o catalisador no início
do projeto, e suas diretrizes
continuam vivas até hoje", afirma Brandimarte.
Fruto de um investimento
inicial de R$ 50 milhões, dividido em partes iguais pelos grupos Folha e Globo, a Valor Econômico S.A, empresa que edita
o jornal "Valor", exibiu um faturamento de R$ 166 milhões
no ano passado, crescimento
de 12% sobre o ano anterior,
apesar da crise econômica
mundial. O lucro líquido foi de
R$ 16,5 milhões.
A companhia não tem dívidas e encerrou 2009 com um
caixa de R$ 42,7 milhões, crescimento de 64% em relação ao
ano anterior (R$ 26 milhões).
Com o jornal "Valor" de carro-chefe, a empresa já gerou
vários "filhotes". Por ano, são
publicadas mais de 60 revistas,
como a "ValorInveste", de tiragem mensal, além de anuários
e outras publicações setoriais.
Há ainda uma área de eventos,
que organiza seminários nacionais e internacionais.
Em comemoração dos dez
anos da publicação, o "Valor"
apresenta aos seus leitores mudanças gráficas a partir da edição de amanhã.
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