São Paulo, domingo, 02 de maio de 2010

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"Valor Econômico" completa dez anos com novos projetos

Iniciativa conjunta do Grupo Folha e das Organizações Globo, publicação tornou-se referência no jornalismo do país

Empresa que edita o jornal faturou R$ 166 mi no ano passado, expansão de 12% em relação a 2008; tiragem chega a 55 mil exemplares


DA REPORTAGEM LOCAL

O jornal "Valor Econômico", investimento conjunto do Grupo Folha e das Organizações Globo, completa hoje dez anos como uma referência no jornalismo econômico no país.
Em sua primeira década de existência, ganhou mais de 80 prêmios, incluindo dois Esso, o mais tradicional do jornalismo.
Também fez história com furos de reportagem de grande repercussão, como a entrevista, no ano passado, do então diretor de política monetária do Banco Central Mário Torós, que revelou os bastidores da atuação do BC durante a crise econômica.
O presidente do Grupo Folha, Luiz Frias, declarou: "No lançamento do jornal, muitos duvidaram da possibilidade de uma joint-venture entre Folha e Globo dar certo. Nada como o tempo para provar o contrário. Construiu-se o melhor e mais qualificado conteúdo de jornalismo econômico do país. Daqui para a frente, o desafio será usufruir desse conteúdo de excelência em outras plataformas, como a digital."
Para o presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho, "em um prazo muito curto, o jornal ganhou o respeito do público, com um jornalismo ágil, analítico, independente e pluralista. Hoje é líder absoluto do setor, tendo se tornado fonte de informação de qualidade, um instrumento importante para os agentes econômicos na tomada de decisões".
"Sempre acreditamos que essas metas seriam alcançadas, mas o tempo recorde com que se chegou a esse patamar é a prova do acerto do projeto e do talento dos profissionais que tornaram o jornal uma realidade. Nós, das Organizações Globo, temos muito orgulho desses resultados e acredito que o Grupo Folha compartilhe o mesmo sentimento", diz Marinho.
Com uma tiragem diária de 55 mil exemplares, o "Valor" surgiu a partir da expectativa de que a expansão da Bolsa de Valores impulsionaria o noticiário econômico. E foi o que aconteceu. O valor de mercado das empresas listadas na Bovespa saltou de R$ 441 bilhões em 2000, ano em que o jornal chegou às bancas, para R$ 2,3 trilhões no ano passado.
"O "Valor" testemunhou uma época muito importante para a economia brasileira", afirmou a diretora de Redação, Vera Brandimarte. "Quando o jornal nasceu, havia um concorrente fortíssimo, que era a "Gazeta Mercantil". E logo em seguida vieram a crise energética e a turbulência do período eleitoral. Foram anos difíceis. Mas depois veio um período de forte crescimento. O jornal centrou o foco no mercado acionário, ampliando a cobertura de investimentos e de empresas."
Hoje a equipe de Redação é formada por 145 profissionais, entre jornalistas, fotógrafos e diagramadores, e mudou muito pouco desde que foi montada pelo jornalista e então colunista da Folha Celso Pinto. "O Celso foi o catalisador no início do projeto, e suas diretrizes continuam vivas até hoje", afirma Brandimarte.
Fruto de um investimento inicial de R$ 50 milhões, dividido em partes iguais pelos grupos Folha e Globo, a Valor Econômico S.A, empresa que edita o jornal "Valor", exibiu um faturamento de R$ 166 milhões no ano passado, crescimento de 12% sobre o ano anterior, apesar da crise econômica mundial. O lucro líquido foi de R$ 16,5 milhões.
A companhia não tem dívidas e encerrou 2009 com um caixa de R$ 42,7 milhões, crescimento de 64% em relação ao ano anterior (R$ 26 milhões).
Com o jornal "Valor" de carro-chefe, a empresa já gerou vários "filhotes". Por ano, são publicadas mais de 60 revistas, como a "ValorInveste", de tiragem mensal, além de anuários e outras publicações setoriais. Há ainda uma área de eventos, que organiza seminários nacionais e internacionais.
Em comemoração dos dez anos da publicação, o "Valor" apresenta aos seus leitores mudanças gráficas a partir da edição de amanhã.


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