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Novatas já estão entre as grandes do país
DA REPORTAGEM LOCAL
Embora nem entidades de
classe nem empresas do setor
divulguem dados oficiais sobre
faturamento e número de livros vendidos por editora, não
há dúvida no mundo livreiro de
que, por um ou outro critério, a
Sextante e a Intrínseca estão
entre as maiores do país.
Integram também a lista os
grupos Record, Ediouro e Objetiva (conglomerados de editoras ou selos) e a Companhia das
Letras. A estimativa se refere à
categoria "obras gerais" -excluindo publicações didáticas,
técnicas e religiosas.
Na ausência de estatística
oficial, as listas de livros mais
vendidos são um termômetro
possível para medir a força de
cada empresa. A reportagem
tabulou as editoras que mais
apareceram no ranking publicado aos sábados no caderno
Ilustrada, da Folha, nos últimos nove meses.
A Sextante lidera, com 199 títulos na lista durante o período. Em seguida vêm Intrínseca
(165), Ediouro (105), Objetiva
(92), Planeta (89) e Record
(79). A lista da Ilustrada é feita
com base na soma do número
de exemplares (de ficção, não
ficção, autoajuda e negócios)
vendidos a cada semana nas
principais livrarias do país.
Editores e livreiros avaliam
que os principais grupos faturem de R$ 70 milhões a R$ 100
milhões por ano. Ainda que
não alcancem essa cifra, é possível que Sextante e Intrínseca
sejam mais rentáveis e eficientes, pois têm catálogos e estruturas bem menores.
Tome-se o caso dos grupos
mais tradicionais: o Record, 68
anos, reúne 12 editoras e tem
7.000 títulos em catálogo; o
Ediouro, 71 anos, tem sete selos
e cerca de 7.000 títulos.
Das entidades do setor, a
ANL (Associação Nacional de
Livrarias) foi a única que se dispôs a apontar quais editoras
mais vendem, mas sem dar cifras e as listando por ordem alfabética: Companhia das Letras, Objetiva, Planeta, Record,
Sextante e Martins Fontes.
Os números gerais mais recentes do mercado, referentes
a 2008 e divulgados no ano
passado, são de uma pesquisa
da Fipe (Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas), segundo a qual foram vendidos 211,5
milhões de livros no Brasil (em
todos os segmentos), com faturamento de R$ 2,43 bilhões.
(FABIO VICTOR E JEAN CANUTO)
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