São Paulo, domingo, 2 de maio de 1999

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SINAL VERMELHO
Piva vê luz no fim do túnel, mas acha que CPIs dominam Congresso
Fiesp alerta para paralisação das reformas e teme nova crise

ANTONIO CARLOS SEIDL
da Reportagem Local

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) manifestou preocupação com a falta de consciência do governo e do Congresso em relação à necessidade de ações urgentes para afastar os riscos de uma nova crise econômica.
Horacio Lafer Piva, presidente da Fiesp, acha que a disputa política e a proliferação de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) estão tomando o lugar das providências para fortalecer a economia.
"Uma leitura que faço disso são as próprias CPIs. Elas ocupam a agenda do Congresso, podendo comprometer o avanço das reformas", afirma o presidente da Fiesp.
Segundo Piva, o país está saindo do furacão, mas, se não fizer a lição de casa, pode enfrentar outras crises mais cedo ou mais tarde. Piva teme que a questão da reforma tributária, que começou a ser discutida com "mais foco", seja prejudicada pela agenda política.
"Depois de tudo que aconteceu em janeiro e fevereiro, quero crer que haja um grau de consciência maior do Legislativo e do Executivo com relação ao sentido de urgência que é preciso dar ao país, à menor dependência externa, a mais apoio à produção e às reformas constitucionais."
O presidente da Fiesp acha que o pior da crise já passou. "A luz no fim do túnel está bem mais clara, mas fico preocupado ao olhar mais para a frente porque as coisas precisariam estar sendo feitas agora com uma velocidade muito maior."



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