São Paulo, sexta-feira, 02 de junho de 2006

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MERCADO ABERTO

Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br

Appy leva proposta sobre ICMS para empresariado

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, apresentou na quarta-feira, em reunião fechada com alguns empresários na sede da CNI, em Brasília, uma proposta para tentar solucionar de forma definitiva o problema dos créditos do ICMS para a exportação.
Nos últimos anos, as empresas têm tido dificuldades para receber a compensação tributária do crédito do ICMS à exportação prevista na Lei Kandir. Os Estados consideram insuficientes os repasses da União para que possam autorizar o ressarcimento de novos créditos de ICMS obtidos por empresas exportadoras.
O presidente da CNI, Armando Monteiro, que ontem se licenciou do cargo para se candidatar ao governo de Pernambuco e também participou da reunião com Appy, considerou a proposta bastante complexa. O empresário disse que a CNI só irá se manifestar oficialmente sobre a proposta depois de avaliação cuidadosa do departamento técnico da entidade.
A dúvida de Monteiro é sobre a operacionalidade da proposta, e é isso que está, principalmente, sendo analisado pela CNI. Ele reconhece, no entanto, que, a atual situação não pode mesmo continuar. Os Estados alegam que não recebem os repasses da União e deixam de fazer a compensação às empresas do crédito do ICMS sobre a exportação. "Isso gera insegurança às empresas", diz.
Os empresários ficaram de voltar a conversar com Appy dentro de mais uma semana, quando a CNI já terá feito uma avaliação sobre o novo modelo da Fazenda para a compensação dos créditos do ICMS. A proposta também irá ser apresentada aos Estados.
A reunião de Appy foi a última atividade de Armando Monteiro na presidência da CNI até às eleições de outubro. Ele foi substituído pelo primeiro vice-presidente, Carlos Eduardo Moreira Ferreira.

INVASÃO FRANCESA

A gigante francesa Fnac se prepara para abrir sua loja mais moderna no Brasil. Será uma âncora de 4.500 m2 na expansão do shopping Morumbi, com tecnologia superior à encontrada na Europa. Segundo Pierre Courty, diretor-geral da rede no país, o Brasil terá "a última geração da Fnac". O país foi escolhido por ser o local onde a empresa mais cresce. Já o Morumbi, por ser um ponto forte de varejo. "A Fnac cresceu 20% no Brasil neste ano em comparação a 2005, enquanto a França teve 5% de alta", diz Courty. O site brasileiro do grupo também registra números relevantes, com crescimento de 300% no último ano, à frente de todos os outros do mundo -exceto o da matriz, na França. "Nosso plano para o Brasil é muito agressivo", diz o executivo francês, que cita cidades como Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador como possíveis sedes de novas lojas. A nova unidade, que será aberta em novembro, será a sétima da Fnac no país. A primeira loja foi aberta em 1999.

McCÂMBIO LONGEVO
Invenção de uma editora da revista britânica "The Economist", o Índice Big Mac, que compara o câmbio de diferentes países, completa 20 anos. Hoje disseminado ao redor do mundo, o índice é motivo de análise da revista na edição desta semana, para quem, apesar de seus méritos, o "Big Mac" não pode ser entendido como preciso diagnóstico dos movimentos do câmbio. A propósito, segundo o índice, cuja base é a paridade do poder de compra, o real está 10% depreciado ante o dólar -quanto maior o valor pago pelo sanduíche ante uma moeda, maior a valorização, e vice-versa.

DESABAFO
Ricardo Guimarães, presidente do BMG, desabafou ontem, durante cerimônia de premiação do RiskBank, no Rio. O BMG ganhou pelo terceiro ano na categoria varejo massificado. O desabafo: "Não é verdade a exclusividade no crédito consignado; não fomos beneficiados pelos fundos de pensão; não é verdade que não cobramos nossos créditos junto ao PT e ao sr. Marcos Valério. Fomos colocados no epicentro de uma disputa política".

SINAIS DE ALÍVIO
Os dados de aumento de produtividade, de custo unitário do trabalho e de pedidos de auxílio-desemprego da economia americana no primeiro trimestre apontam para uma situação relativamente confortável para o Fed, avalia José Márcio Camargo, da Tendências. Tais dados indicam uma menor taxa de expansão da economia e menos pressões inflacionárias e que, portanto, a trajetória de alta dos juros está perto de uma pausa.

ELEIÇÕES
Os associados da Funcef (fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal) elegeram diretores-executivos e dez conselheiros, que irão administrar um patrimônio ativo de R$ 21,6 bilhões. O processo eleitoral finalizado ontem foi inédito na história da Funcef. No total, o fundo de pensão da Caixa tem mais de 73 mil associados.

PLIM PLIM
O Unibanco fechou uma cota exclusiva de patrocínio ao "Jornal Nacional", da TV Globo. O banco terá direito, a partir de 1º de julho, a inserções diárias de dez segundos na abertura do telejornal. O espaço, há dois anos, é ocupado pelo HSBC. Além da vinheta, o contrato prevê ainda ao Unibanco a possibilidade de ter um banner na página do JN na internet.


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