DE WASHINGTON

O Brasil tentará fechar com os EUA nos próximos três meses um acordo bilateral para procurar inibir a pirataria de produtos norte-americanos no país.
O esforço nesse sentido deve ser o resultado da ameaça dos EUA, feita anteontem, de tirar o Brasil da lista de países que têm tarifa zero para exportar uma série de produtos ao mercado americano.
O USTr (espécie de ministério de comércio exterior dos EUA) anunciou que poderá vir a excluir o Brasil dessa lista e deu prazo de 90 dias para o país apresentar progressos na área.
O Brasil exporta para os EUA cerca de US$ 2 bilhões ao ano em produtos não-tarifados por meio do GSP (Sistema Geral de Preferências, na sigla em inglês).
Se for excluído da lista americana, que engloba 140 países em desenvolvimento e US$ 21 bilhões, haverá um custo médio anual de US$ 100 milhões a mais para importar produtos do Brasil.
Se isso ocorrer, quem vai pagar a conta é o importador americano, daí o interesse dos EUA de resolver pacificamente o assunto.
Além disso, mais de US$ 600 milhões das exportações brasileiras feitas via GSP aos EUA são de empresas norte-americanas instaladas no Brasil, principalmente no setor de autopeças.
As empresas americanas mais afetadas por violações de direitos de propriedade intelectual afirmam terem deixado de ganhar US$ 700 milhões no ano passado por causa da pirataria. (FCz)


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