São Paulo, domingo, 02 de julho de 2006

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Comércio criou 142 mil vagas em dois anos

DA SUCURSAL DO RIO

O comércio foi o setor no qual o emprego com carteira assinada mais cresceu na região metropolitana de São Paulo, com expansão de 24,3% de maio de 2004 a maio de 2006 e criação de 142 mil novos postos de trabalho no período.
Depois, veio a categoria de outros serviços, que inclui hotéis e restaurantes, com incremento de 17% -92,7 mil postos a mais. Os serviços prestados às empresas, como atividades de limpeza, manutenção, auditoria, contabilidade e intermediação financeira e outras tiveram crescimento de 15% no emprego formal em São Paulo, gerando 100 mil vagas no intervalo de maio de 2004 a maio deste ano.
Na opinião do economista da consultoria LCA Fábio Romão, é positivo o crescimento de postos de trabalho no setor de serviços porque é uma área "tradicionalmente mais informal que vem se formalizando".
Para o economista Carlos Thadeu de Freitas, da Confederação Nacional do Comércio, o bom desempenho do comércio desde 2004, puxado especialmente pelo crédito, explica o crescimento das contratações formais. Em maio deste ano, o faturamento do setor em São Paulo cresceu 5,2% se comparado ao mesmo mês de 2005, segundo a Fecomercio-SP.
Já a indústria, que tem o maior contingente de empregados com carteira assinada, teve desempenho mais modesto. O crescimento foi de 11,2% de maio de 2004 a maio de 2006 -119,8 mil empregos criados no período.
No setor industrial estavam 31,2% dos empregados com carteira da região metropolitana de São Paulo em maio de 2006, mas esse percentual era maior (32,1%) dois anos antes. Já o comércio ganhou espaço, passando de 17,6% para 19,1%.
O ritmo mais fraco da indústria, diz Romão, está relacionado à valorização do real, que afeta o setor desde o ano passado e reduz a competitividade de muitos ramos, especialmente os exportadores.
Ainda assim, o economista afirma acreditar numa reação mais forte do emprego industrial no segundo semestre deste ano, com o "movimento recente do setor de retomar investimentos" em ramos como a indústria de alimentos. (PS)


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