São Paulo, quarta-feira, 02 de julho de 2008

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No Brasil, licenciamentos crescem 30%

DA REDAÇÃO

A indústria automobilística comemora novos recordes. Com 256 mil automóveis, comerciais leves (como picapes e vans), caminhões e ônibus licenciados no mês passado, esse passou a ser o melhor junho da história, com vendas 29% superiores as do mesmo período de 2007, segundo dados obtidos pela Folha.
O recorde mensal, no entanto, continua com abril, quando as vendas atingiram 261,2 mil veículos. Os licenciamentos no primeiro semestre também superaram as marcas anteriores, com 1,407 milhão de unidades, 30% a mais do que em igual período do ano passado.
No início de junho, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) reviu as projeções para o ano, elevando a estimativa de vendas internas de 2,895 milhões para 3,060 milhões, alta de 24% sobre 2007 se os números se confirmarem.
No entanto, para André Beer, ex-presidente da Anfavea e consultor especializado no setor automotivo, há "alguns sinais amarelos" no caminho, como o aumento do preço dos pedágios, o endividamento cada vez maior da população e a elevação da taxa de juros.
Até a inflação dos alimentos pode se tornar um entrave para novos recordes do setor, avalia Beer, fazendo com que as pessoas adiem a compra do carro em um momento de orçamento mais apertado.
De acordo com dados divulgados ontem pela Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), os planos máximos de financiamento, em maio, foram de 72 meses. Entretanto, a média dos planos preferidos pelos consumidores continua em 42 meses, patamar estável desde dezembro passado.
As carteiras de leasing e CDC (Crédito Direto ao Consumidor) para pessoa física somaram R$ 126,7 bilhões ao final de maio, 43,3% a mais do que no mesmo período de 2007.
Luiz Montenegro, presidente da Anef, destaca que o leasing -que teve crescimento de 129,2% nesse comparativo, contra 20,6% do CDC- tornou-se mais atrativo para o consumidor devido ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em janeiro, o que encareceu as operações com CDC. (TATIANA RESENDE)


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